quarta-feira, 24 de março de 2010

can-sei

Olha, acho que nunca na história desse blog eu falei sério ou algo que prestasse. Na verdade, nem sei se o que vem a seguir prestará, principalmente porque escrevo no calor da revolta. Mas enfim, né?, blog serve pra isso. A gente fala o que quer e lê quem tiver vontade. É tipo terapia digrátis.

Pois bem, estou ABISMADA com a capacidade do ser humano de não refletir nem um tantinho sobre as coisas antes de tomar uma posição em determinadas situações. Aí depois de se posicionar, a pessoa repete aquilo como se fosse um MANTRA (alou? é pra se convencer?), rebatendo sempre com o mesmo argumento não importa quantas reviravoltas possa haver. E aí parece que TUDO, tudo que acontece serve pra confirmar aquela ideia fixa, mesmo que os fatos demonstrem exatamente o oposto. Sim, criam-se relações de causa e consequência e sistemas (i)lógicos que não fazem sentido algum. Nessa vibe, quando se critica o outro lado, o que se diz são coisas que aplicam-se justamente a si próprio. É, aquela coisa, tu chama alguém de violento dizendo que ele deveria tomar um pau pra aprender. Ainda na mesma linha, tu pega o teu próprio recalque e coloca na boca do outro. Levanta uma bandeira que te precede, e acha que todo mundo que não gosta de ti o faz única e exclusivamente porque tem problemas com a tua ideologia ou a tua imagem. Porque não existem pessoas (quanto mais chatas e desagradáveis) pra gente gostar ou não, mas sim representações icônicas de meia dúzia de estereótipos. Também não existem ideias pra gente discordar, só preconceitos pra gente vestir.

Recalcado é o outro. Problemático é o outro. Sempre. Não lidam com as próprias frustrações e descontam em quem é diferente, né?

Claro, vocês me odeiam porque eu sou NANICA. Eu sei, não adianta negar.

Aff.

Sério, me cansa muito discutir com gente que se recusa a raciocinar e insiste em se defender com o ataque. Aquele discurso passivo-agressivo do dito injustiçado.

Porque, claro, a gente nem sempre tem razão. Aliás, quase nunca. Mas a capacidade de questionar isso - ainda que não se chegue a lugar algum - é o que mais importa. Mesmo.


terça-feira, 16 de março de 2010

ainda sobre o cobrador fora de si

Então ontem peguei aquele mesmo ônibus do último post ali, no intervalo do almoço. Logo percebi que o motorista tinha sido trocado e o cobrador era o mesmo. O motora novo conseguiu a façanha de, num movimentadíssimo cruzamento de AVENIDAS, entrar à esquerda quando era pra ir reto, voltar DE RÉ e pegar a reta de novo. Sim, ao meio-dia. Sim, havia muito trânsito. E sim, ouvi um horror de buzinas em pânico ao fundo. Espero que estejam todos vivos.

Aí concluí: mas eu só faço merda mesmo (fora a Clara, evidentemente). O FOCO da minha denúncia era o cobrador. Como eu disse, o motora errou, mas quem aloprou mesmo foi o asquerosão da roleta. Claro, não necessariamente a troca de motorista foi culpa minha, né? Muito provavelmente não. Mas fiquei encucada. E com um pouco de remorso também, confesso.

Então hoje, mesmo ônibus, num determinado momento TODO MUNDO começou a brigar com o cobrador maluco ao mesmo tempo. Tipo, geral xingando e o louco batendo boca com a galera. Pra vocês verem que não sou só eu a reclamona, o cara é realmente um LORPA. Ae de repente uma das tias que discutia falou, em resposta a algum desaforo do insano sobre perder o emprego: ah é? mas agora tu te deu mal! porque eu trabalho na prefeitura a ...... (sei lá eu quantos milhões de) anos!

WOW

Bom, né? Aguardemos o desfecho dessa emocionante aventura com tremendas confusões no transporte coletivo da capital.

terça-feira, 9 de março de 2010

transporte público em porto alegre é teste pra cardíaco (a/c galvão)

Ontem saí do trabalho às 11h30 e peguei o ônibus Praia de Belas, porque ia tentar dar uma nadadinha esperta no intervalo, antes de ir dar aquela ESPIADINHA na Clara em casa. Aí duas paradas antes da minha, tinha uma PÁ de gente querendo descer do bus e de repente o motorista arranca o carro. Não acompanhei muito bem esse início do bolo porque tava de fone, meio que ignorando o mundo. Ae a galera começou a gritar, muito mais desesperada que o normal: "PARA! PARA!"

O cobrador, um doce de pessoa, olhou pra galera e falou, com toda a classe do mundo: fiquem mais perto da porta, seu bando de boca aberta! Ae geral respondeu: tem criança aqui, animal!

Me espichei toda pra ver a criança, que tinha acabado de descer. Era um RECÉM-NASCIDO. Sério, era um bebê microscópico no colo da mãe e o motorista tinha arrancado o ônibus quando ela tava descendo. O pai tava EM CHAMAS de desespero e ódio e xingou de volta o cobrador. Dou TODA A RAZÃO do mundo pra ele. Ae o cobrador, um anjo de candura, ficou xingando de volta e DEBOCHANDO do pai.

Eu desci logo depois, mas peguei o prefixo e denunciei geral pra EPTC. Todos nós sabemos que as minhas denúncias não têm surtido efeito algum, mas não dava pra deixar passar batido. Pena que demooora pra essa galera do 118 atender o telefone, porque eu queria mesmo era ter denunciado de DENTRO do ônibus, na frente do estrupício. Não quero nem pensar na desgraça que poderia ter acontecido. O motorista cometeu um erro, nem sei que reação ele teve. Mas o cobrador assinou embaixo e levantou a bandeira da incompetência e falta de educação que reina no transporte coletivo da cidade. Péssimo ser humano, tem todo o meu desprezo.

***

Então hoje é aniversário do meu padrasto e tava rolando um almoço em família. Acabei saindo atrasada pro trabalho e peguei um táxi. Porque eu tenho SORTE, foi só o trânsito trancar um pouquinho ali na Aureliano que o motorista DORMIU na direção. Sim, ele dormiu e o carro apagou quando ele tentou disfarçar. Foi super legal. Mandei me deixar ali mesmo e que ficasse com o troco. O cara não queria deixar eu descer e não pegou o dinheiro. Saí praticamente fugida do carro, no canteiro central da avenida, na chuva. Foi tãaaaao divertido. Só que eu fui trouxa e não peguei o prefixo do táxi pra continuar o ciclo de denúncias. Sei lá, fiquei mega nervosa com a insistência do cara, preferi fugir pela minha vida. E, na verdade, espero muito que ele não esteja matando alguém nesse momento. Evidentemente não consegui outro táxi, tive que caminhar até a parada e esperar o ônibus. Cheguei meia hora atrasa. FIM.

terça-feira, 2 de março de 2010

monstrinho da mãe!


A minha fifi é tão delicada, mas tão delicadinha mesmo, que nos últimos meses eu já chamei ela dos apelidos mais fofos do universo. Por exemplo, a Clara tem algo do Taz, porque curte muito destruir coisas. Com gana.







Mas às vezes eu também chamo ela de Tutubarão, por causa da arcada desdentária potente que ela tem. E outra, ela ri muito quando eu vou em direção a ela fazendo NHAC NHAC NHAC, fingindo que eu vou morder aquelas dobrinhas. Sim, as brincadeiras da Clara são um bocado violentas, mas é tudo fake. E foi ela quem começou!




Mas o meu apelido preferido pra ela é COELHINHO DO MONTY PYTHON. Direto na jugular!





Também por causa da fixação dela em agarrar as pessoas pelos cabelos (e não soltar nunca mais), chamo ela de Tilikum, a baleia. Mas como a original, ela faz isso por excesso de amor.







Depois de segurar violentamente a pessoa pelos cabelos, ela imobiliza usando as pernas também. Relaxa, tu só sai quando ELA quiser. É uma Judoquinha das boas.





Por fim, também chamo ela de Tintin ou de Charlie Brown, mas são comparações unicamente imagéticas. Um por causa do topete, outro por causa do perfil. Sério, de ladinho ela fica idêntica ao Charlie.




Mas mesmo quando a gente fica todo escabelado no meio da rua, ainda acha bonitinho porque...


Óooounnn!

whyyyy??

Por que tudo que eu compro dá problema? E olha que eu só compro coisas EXTREMAMENTE necessárias. Juro. Dá nem pra dizer que é castigo. Acho que é falta de prática mesmo. Saco.