sexta-feira, 28 de dezembro de 2007





Vocês precisam muito ver as melhores fotos do ano da Reuters.

São todas atordoantemente lindas.

Não sei quanto a vocês, mas eu simplesmente fico out of the little house quando vejo imagens como essas. E, confesso, to embasbacada por demais pra tecer comentários que prestem. Então abram o link! Sim, é uma ordem.






Não sei nem se pode sair surrupiando as fotos assim, na maior, mas a cleptomania não permitiu que eu ficasse só na contemplação. E essa aqui embaixo precisei muito roubar pra seguir a nossa linha editorial.







quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Dress code

Eu não sou assim a pessoa maaaisss desclassificada do mundo, sabe? Até que sou bem arrumadinha e tal. Pelo menos eu acho. Mas em algumas situações eu sou total adepta do mendigo style, ainda mais quando começa a ficar calor. E é fato que eu tenho o menor saco pra me produzir pra ir pro trabalho, mas nunca achei que fosse assim tãaao evidente.

E aí hoje acordei com aquela vontade habitual de ir trabalhar e me vesti de forma totalmente, hmm, casual. Mas, enfim, eu tava achando até tudo ok com o visu até que cheguei em casa na hora do almoço e encontrei a mami.

Mami espantada:

- Onde é que tu tava?
- Trabalhando, ué.

Mami decepcionada:

- Com essa roupa?

Choquei mas fiquei firme mesmo assim. Afinal mãe é mãe e gosta de ver o filho limpinho e bem composto e tal. Não cheguei a achar que era muito grave. Dois minutos depois chega o meu irmão e fala com uma sinceridade avassaladora:


- Por que tu sai de casa vestida assim?

Ai, gente, o meu irmão! O guri é um baita maloqueiro da pior estirpe! Sabe aqueles que tão sempre cas cueca aparecenu? Que saem de chinelo até no inverno? Que usam regatinha e boné até em evento social? Então.
Eu vou pra galeeeeeera!



Daí eu fiquei intrigada – pra não dizer completamente abismada. Será que eu tenho algum problema? Será que é grave?

Aí eu faço como o Seu Boneco e vou pra galera:
Enquete!
Gente, alguém aqui tem forças/vontade/motivação pra se produzir toda e ir pra firma?



P.S.: to achando que essa é a única foto do Seu Boneco já capturada em toda a história. E eu precisava muuuito ilustrar os trajes dele da cintura pra baixo. Mas acho que todo mundo lembra do resto, néam? Enfim, se alguem tiver alguma fotografia do rapaz (ou mesmo com o rapaz, vai saber), aceito doações.

Reveião

Então, tá, gurizada medonha:

Aproxima-se o reveião (que emoção!) e, como era de se esperar, o pequeno répti ficará jogado às traças durante o feriado.

Bem, por agora ainda estaremos aí, aloprando pra você e com você. Mas como eu não gosto de despedidas dramáticas, farei meus votos com antecedência e então vou deixar rolar essa alegria que contagia. Quando o momento chegar, vou embora sem me despedir e sem olhar pra trás.

Well well well. Quisera eu ter coisas poéticas e profundas pra desejar para meu querido conselho editorial e meus mais novos leitores nacionais e internacionais. Mas como já disse anteriormente, se eu tivesse condições de pensar em coisas profundas, faria minha monografia. E não é o caso. No entanto, tenho duas coisas pra desejar pra galera. E são coisas que têm me servido hór-rores, principalmente a partir da criação dessa birosca. Porque desde que eu comecei a aplicar em MASSA essas duas coisas na minha existência, tenho sentido uma leveza sem precedentes. É, assim, tipo, eu poderia falar hooooras sobre isso.

- NÃO ENROLA!!!

Ok, ok, ok. O que eu desejo para todas as pessoas em toda a galáxia é...HUMOR e RECLAMAÇÃO!



Really!!




- Oh, por essa eu não esperava, hein? Ainda mais aqui nesse lugar tão sério e cordial. Mas saiba que humor não enche barriga!

- Ah, claro. Quase não previ essa sua reação.


Booooom, pípou, a gente bem sabe que humor não enche barriga, nem paga conta, nem serve de esparadrapo pra calar a boca de certas pessoas, nem mesmo é o chirrim-chirrion do diabo. Já a reclamação serve pra praticamente tudo isso, não é não? Então, num momento de iluminação genial, descobri que o esquema é fazer um MIX desses dois estados de espírito/impulsos psicóticos e levar a vida com muitas risadas, sorrisos e arco-íris, mas também muita indignação, que é o que move o mundo. Sim, porque são as pessoas insatisfeitas que farão desse um mundo melhor. Pense nisso.

Bem, tudo isso pode não fazer sentido algum, porque é realmente difícil imaginar alguém tão sorridente e rabugento simultaneamente. E também, assim, looooooooooooonge de mim achar que eu sou um bom exemplo pra todas as pessoas do mundo. Ok, eu sou, vamos parar com essa falsa modéstia. Mas não quero que vocês sejam exatamente como eu, porque se eu perdesse a minha autenticidade, perderia tudo, né? E vocês não querem me ver, a original, assim, na sarjeta. Espero.

Eu só quero dar a dica de uma coisa que tem sido altamente terapêutico para mois - e não é apenas fazer um blog de variedades, não se antecipem - e que, na verdade, já foi teorizado por filósofos porto-riquenhos há alguns anos. E eles vieram até aqui só pra dar a bênção para nosotros, seus novos seguidores:



Uououou!



Não se reprimam em 2008.
Yeah!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

funcionários do mês

Peguei o ônibus pra vir pra cá e o cobrador estava dormindo! Dor-min-do. Com a cabeça baixa escondida entre os braços e tudo.

Senti uma puta vontade de entregar minha moedinha de um reau falsificada e depois sair correndo e me camuflar na multidão.

Mas aí eu fiquei com dó do cobrador porque, convenhamos, estamos no mesmo barco (ônibus?). Se no lugar dele estivesse, dormindo estaria. Como aqui não tem todo aquele embalo sonolento do busão, eu to mais é babando no teclado e só enrolando a chefia, simulando um ritmo de festa dos mais forçados.

E isso vocês mesmos podem comprovar. Porque ainda que tenham me passado uma pá de tarefa ingrata no meu momento de fúria matinal, eu to aqui compartilhando essa bobageira toda com o único intuito de matar serviço. Aliás, finalidade muito útil tanto pra mim quanto pra VOCÊ!!! Confere?


Bem, agora eu vou mesmo. Apareci só pra subverter e arrasar na rebeldia. Como fazem nossos ídolos:







Ok, admito, forcei a barra. Essa gracinha não deu nem prum sorrisinho no canto da boca, né? Até porque de rebelde esse pessoal aí só tem o cabelo. Mas total valeu a pena só pelo tempo que leva pra uploadear a fotenha aqui no pense bem. heh

De volta à labuta!

Aff...

normalidade reestabelecida

Então depois desse post altamente esquizofrênico, como o café da cecília, retornaremos com a programação normal de rabugice parcialmente controlada. Mas aquele depoimento espontâneo e sem sentido irá continuar onde e como está, porque acho ele bastante ilustrativo da nossa condição.

Antes de tudo, porém, preciso dizer que, apesar da declarada fragilidade emocional, o pequeno répti atravessou o oceano e foi conquistar duas honoráveis leitoras lá na terra do papa! Que chiqueeeeee!

Te cuida, Chico Bento, que já tá quase tudo dominado!


damn it!

Ou iés!

E para que todos tenham uma tarde mais feliz que a minha, vou deixar aqui uma bela canção que tem suuuuper a ver com esse momento internacional. Além de tratar de dois temas que são unanimidade: praia e coelhos.

My Bunny lies over the ocean,
My Bunny lies over the sea,
My Bunny lies over the ocean,
Oh bring back my Bunny to me.
Oh Bring back, bring back,
Oh bring back my Bunny to me, to me!!

desequilbrada: tudo nos conformes

E hoje que eu saí de casa e a minha rua estava deserta? Na mesma hora, a lógica me arrebatou e eu deduzi, emocionada:

rua deserta = ônibus vazio = ninguém no guichê


Dez longos e triunfantes minutos da espera depois, e eu percebi que não via ninguém porque eu tava é atrasada e todo mundo já tinha entrado no ônibus antes de mim. Bobear o mesmo ônibus. Porque, vou te contar, tinha gente saindo pelas janelinhas.

Mas, ok, a parte do guichê confere.

- O que eu tenho com isso?
- Compaixão? Não? Tudo bem...

Ai, gente, foram QUATRO dias sem trabalhar, isso acaba com o mau-humor de qualquer um. Sério, eu ainda não tenho nada pra reclamar.

Porque, juro, eu tentei me irritar horrores só pra vir aqui e detonar o mundo e as pessoas, e dessa forma alegrar a vida de vocês. Mas não sei o que aconteceu. Acho que relaxei demais, lamento. E olha, quando eu vi que eu tava sorridente além da conta, até fui fazer compras na tarde do dia 24. SIM! Fui no shopping mais selvagem e maloqueiro da cidade nos últimos instantes antes do apocalipse natalino e nada! Cara, eu não xinguei ninguém, não empurrei as pessoas, não amaldiçoei o novo ano de nenhum inconvenientezinho sequer só pra ver a pessoa chorar. Nada...


PAREEEEE!

Até quando você vai m...QUIETOS!!


Felicidade de pobre dura pouco, né? Estava eu escrevendo esse lindo post tranqüilo, alegre e arco-íris quando aconteceu uma coisa que me irritou tanto, mas tanto, que eu fui dar uma volta lá na rua só pra não baixar o Michel Douglas e eu atacar todas as pessoas e objetos inanimados da sala com um taco de baseball.










Inacreditável como a vida nos prega peças, né, Michael?





Te entendo.


sábado, 22 de dezembro de 2007

Chama o Milton Nascimento

Ai, cara, eu sei que tenho que parar com isso. Todo dia eu queimo meu filme inteiramente grátis porque comento alguma coisa muito idiota (mesmo) que eu fiz ou faço alguma confissão constrangedora. Mas na verdade eu acho que isso é o mal de todo o bobo alegre, né? O cara faz uma mongolice, aí o pessoal ri, ele se empolga e faz outra mais besta ainda, aí o pessoal se torce e se mija nas calças e ele vai se emocionando. Aí nessas de querer ser a alegria da geral, o cara sai totalmente desmoralizado, ninguém mais respeita, as pessoas o desprezam. Um horror. Acho que é mais ou menos o destino de todo o palhaço. E acho também que foi isso que aconteceu com Serginho Mallandro e é o que vai acontecer comigo.

Mas enquanto eu não caio no ostracismo, deixa eu compartilhar mais uma vergonhosa. Pois no mesmo dia em que eu divulguei essa birosca (leia-se ontem), recebi um link de um amigo (que sempre manda coisas bacanas) com o seguinte dizer: presentinho.

O que a débil pensou? Oba! Presentinho! E clict! no link.

Clict! pra vocês também!



Gente, juro, quase caí da cadeira quando vi isso. Que maldade! A gente abre o coração e o que recebe em troca? Traquinagens!

- Vejo que você superou seu medo!

Superou um caramba. Além de até agora me dar um friozinho quando olho pra foto, na mesma hora em que a recebi, tava passando esse filme do mal na TV (coincidência? pense nisso!). Minha irmã número 2 ficava me avisando se eu podia ou não passar pela sala, pra não correr o risco de eu dar de cara com esse monstrinho por acidente. Isso é superar? Isso é humilhação? Quem se importa?

Claramente rolou um photoshop amigo nessa foto. É que nem playboy, né? Além de ter toda a produção, na foto a pinta tá estática e calada, o que facilita tanto a carreira de ex-BBBs como de fantasmas japoneses. Mas quero que todos vejam esse pirralho atacando e MIANDO antes de tirar onda da minha cara. Aham.

Bora postar horrores pra isso sair da capa!

P.S.: Justo na hora em que escrevia sobre o tema, recebi um link youtubiano de outro amigo da onça. Eu dei o impensado clict! mas fechei a janela na mesmíssima hora, sem nem ver o que era, a-pa-vo-ra-da com a possibilidade de ser outro susto. Ai, que ridículo. Aí em vez de aproveitar os paparazzi ainda não descobriram onde moro e deixar quieto, resolvi compartilhar com a galera. Vexame é o que há.

Então... é Nataaaaalll!!!

A gente sabe que o Natal ta chegando por vários motivos: a breguice tomou conta do coração das pessoas de paz e bem; a cor dessa cidade não sou mais eu, mas a combinação de vermelho, verde e dourados pomposos; e a porta dos desesperados é fichinha comparando com fila de crediário.

Mas vamos combinar, o PRIMEIRO sinal mesmo da aproximação do apocalipse, digo, do Natal, é quando a rádio Continental começar a tocar o terror na gurizada com a versão brasileira Herbert-Richards de Happy Christmas (War Is Over), cantada pela Simone. Aliás, começo a pensar que a Simone nem pertence a essa nossa dimensão, porque tal qual o próprio Noel, o coelhinho da páscoa e o décimo terceiro, ela só aparece uma vez por ano e a maioria das pessoas ou nem fica sabendo ou não acredita na sua existência. E, como todos sabem, por algum motivo que eu desconheço, os habitantes desse reino da fantasia costumam ter aparência de gosto duvidoso:



Aí então todo o fim de ano lá vem a Simone querendo saber o que a gente fez.

Olha, confesso que até senti certa vontade de barbarizar com o nosso jealous guy e encher ele de osso por ter desencadeado esse infindável e tenebroso processo, mas aí eu dei uma olhadinha nos versos originais e corei as faces. Aaaaauuummm, Simone, que vergonha!

Juro que nunca suspeitei que John Lennon tivesse escrito qualquer coisa sequer semelhante a infame e vazia versão simonística. Mas, entendam, por favor, eu NUNCA me interessei pela versão original porque o pavor pela derivação me fez pegar ódio até da melodia. Hoje, porém, num momento JORNALISMO VERDADE, fui obrigada a encarar os fatos pra ser honesta com o leitor. Bora pra comparação!

Os versos:


Essa é aquela que garanto que você ouviu ontem, quiçá agora mesmo:


Então é Natal...
...E o que você fez?
O ano termina
E nasce outra vez

Então é Natal
A festa cristã
Do velho e do novo
Do amor como um todo

Então é Natal
E um Ano Novo também
Que seja feliz quem
Souber o que é o bem

Então é Natal
Pro enfermo e pro são
Pro rico e pro pobre
Num só coração

Então, bom Natal
Pro branco e pro negro
amarelo e vermelho
Pra paz, afinal

Então, bom Natal
E um Ano Novo também
Que seja feliz quem
Souber o que é o bem

Então é Natal
E o que a gente fez?
O ano termina
E começa outra vez

Então é Natal
A festa cristã
Do velho e do novo
Do amor como um todo

Então é Natal
E um Ano Novo também
Que seja feliz quem
Souber o que é o bem


Ai, gente. Que tristeza. Vou ser honesta, eu nunca tinha LIDO isso. Porque, admito, tem até músicas em português, a minha própria língua mãe, que às vezes não entendo. Exemplo: “Que seja feliz quem”. Nunca soube que o quem era quem. E, na boua, todas as palavras que eu inventei na infância para o quem, faziam mais sentido e ficavam mais classe. Ok, bola pra frente.

Aí vem a versão do Lennão

So this is Christmas
And what have you done
Another year over
And a new one just begun

And so this is Christmas
I hope you have fun
The near and the dear one
The old and the young

A very merry Christmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear

And so this is Christmas
For weak and for strong
For rich and the poor ones
The world is so wrong
And so happy Christmas

For black and for white
For yellow and red ones
Let's stop all the fight

A very merry Christmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear

And so this is Christmas
And what have we done
Another year over
And a new one just begun

And so this is Christmas
I hope you have fun
The near and the dear one
The old and the young

A very merry Christmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear

War is over over
If you want it
War is over
Now...

Agora, me digam, de onde a doida da Simone tirou a idéia de enaltecer a festa cristã maravilhosa onde todos se abraçam que é o Natal?

Desculpa, John. Nunca me enganei contigo! Perdoa por ter pensado qualquer bobagem. Tudo firmeza ainda entre nós?



Aproveitando que estou na baia e que meu computador, mesmo pirracento, roda YouTube, eu tive coragem e fui catar videozinhos. Tudo isso pra fazer a Simone passar vergonha.

E devo dizer que foi um sacrifício achar esse vídeo. Tu coloca “Simone Natal” na busca e vem um monte de montagem power point style ANTES da própria cantora.

O que você acha disso, Simone?

É, vai disfarçando. Mas não deixa passar o dia 25 que daí só ano que vem pra gente lembrar da senhora, ahn? E não vá brigar com a Xuxa!

Mas aí eu catei o vídeo para a música do amigo John. Eu não sei se esse é o original, mas aparece muitas vezes e, enfim, acho que retrata bem o que o moço quis dizer.

Então de um lado temos um vídeo que é um soco no estômago e clama por paz da única maneira que eu imagino que possa ser eficiente: mostrando o horror que é uma guerra. Do outro, temos uma senhoura pregando palavras desconexas sobre a paz da forma mais escrota possível: vestida de branco dos pés à cabeça, cantando abraçada na Xuxa e tentando hipnotizar um grupo de crianças vestidas de frei caneca.

Eu não digo mais nada.

Mas o que você acha disso, John?


Concordo.




sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

pronunciamento oficial

Depois de uma conversa com um dos membros do meu conselho editorial e leitor número 2 de 10, cheguei a algumas conclusões sobre o rumo de meu projeto semi-secreto. Percebemos que essa coisa de tentar manter sigilo sobre toda essa papagaiada já tava lembrando estratégia de marketing da gang. E essa baboseira não é o nosso objetivo, concordam amigos?

Bem, a verdade é que eu amarelei tal como Espirro (ou seria o Atchim?) no intuito de extrapolar todas essas aloprações que me tiram a concentração durante o expediente. Devo dizer que tem sido altamente terapêutico e que, em breve, serei capaz de falar sério por mais de cinco minutos ou mesmo ficar em silêncio por tempo equivalente. Mas mesmo com todo o apoio do meu grupo V.I.P. de leitores/bajuladores oficiais (continuem assim, hein?), fiquei receosa de apresentar meu filhote ao mundo. Acho que ele (não eu!) ainda não está preparado para toda a crueldade da world wide web. Talvez ele (e não eu!) fique decepcionado com críticas maldosas ou com a demora para alcançar estrondoso sucesso.

Mas aí ouvi uma bela canção esperançosa que tem tuuuuudo a ver com meu conflito e tomei a importante decisão de deixar o pequeno réptipúbic seguir seu destino.

Go tiger! Conquiste as massas! Ganhe o mundo!

Segue a letra da música que me comoveu e convenceu:


No dia em que eu saí de casa
Minha mãe me disse:
Filho, vem cá!
Passou a mão em meus cabelos
Olhou em meus olhos
Começou falar
Por onde você for eu sigo
Com meu pensamento
Sempre onde estiver
Em minhas orações
Eu vou pedir a Deus
Que ilumine os passos seus...

Eu sei que ela
Nunca compreendeu
Os meus motivos
De sair de lá
Mas ela sabe
Que depois que cresce
O filho vira passarinho
E quer voar...
Eu bem queria
Continuar ali
Mas o destino
Quis me contrariar
E o olhar
De minha mãe na porta
Eu deixei chorando
A me abençoar...

A minha mãe naquele dia
Me falou do mundo como ele é
Parece que ela conhecia
Cada pedra que eu iria
Por o pé
E sempre ao lado do meu pai
Da pequena cidade
Ela jamais saiu
Ela me disse assim:
Meu filho vá com Deus
Que este mundo inteiro é seu...

Lágrimas de emoção. Snif.*


Obrigada pela inspiração, simpáticos Zezé Júnior e Emival. Agora recomponham-se que a partir de hoje teremos visitas!

* Mantive a formatação terráquea da letra. Achei meio fragmentada demais, mas deve ser proposital. São pausas dramáticas pra soluçar. heh

Última vez, prometo.

Dando continuidade à palhaçada que tomou conta dessa birosca - começou com o Bozo, passou pelo Nemo e chegou ao Ronald McDonald indo em cana -, finalmente tomei coragem de encarar outro triste fato bufônico da minha infância. Estava há dias com a estranha lembrança de palhaços bisonhos cantando uma música de conteúdo altamente bagaceiro, tipo, no programa do Bolinha, ou o que o valha.

Sabendo um trecho da letra (mais tarde, descobriria que essa era toda a poesia), taquei no google.

Não me surpreendeu o fato de que Sergio Mallandro tenha sido o primeiro apontado como autor dessa pérola musical. É, não era bem desse palhaço que eu lembrava. Mas depois fiz um sacrifício memorial e tive que concordar que já vi Serginho cantando essa música também.

- Mas que música, porra!?

Uepa! Tá, vai a letra aí pra refrescar (heh) a memória do pessoal:

Seu popô no meu pipi
Seu pipi no meu popô
Meu pipi no seu popô
Meu popô no seu pipi
Seu pipi no meu popô
Seu popô no meu pipi
Meu popô no seu pipi
Meu pipi no seu popô
Pipi popô, popô pipi, pipi popô popô pipi popô pipi pipi popô

Aiiiiii!
Seu popô no meu pipi
Seu pipi no meu popô
Meu pipi no seu popô
Meu popô no seu pipi
Seu pipi no meu popô
Seu popô no meu pipi
Meu popô no seu pipi
Meu pipi no seu popô
Pipi popô, popô pipi, pipi popô popô pipi popô pipi pipi popô
Ai, ai, ai
É aí?
Popô pipi, pipi popô, popô pipi pipi popô pipi popô popô pipi


Nossa! Essa canção deve durar uns sete minutos (hehehe), mas cansa, né? Pensei em cortar, mas não queria estragar o clímax.

Aí eu continuei nessa seríssima pesquisa e um pessoal aparentemente confiável* disse que a letra, na verdade, é dos Titãs Branco Mello e Charles Gavin, sob pseudônimo Vestidos de Espaço. Perdeu metade da graça, né? Só fiquei satisfeita por poder rir de nome tão tosco. Porque, vamos combinar, por mais que eu tivesse cinco anos e estivesse achando a música totalmente serelepe, olhar pra esses dois aqui me faria cair no sono imediatamente:




Patropi?


Ainda insatisfeita, continuei buscando e a implacável desciclopedia acabou por me contar que quem barbarizava nas tardes da Band, na real, era a dupla Atchim e Espirro.
Aí baixou o Jimmy Cliff (I can see clearly now...): eram eles mesmo! Lembrava de um monstrinho azul e outro amarelo.

Aí descobri a natureza do trauma, né? Porque uma coisa é ver Heath Ledger e Jake Gyllenhaal brincando de pipipopo popopipi vestidos de caubói. Outra coisa é ver esses dois idiotas vestidos de palhaço cantando com as boletes! Com as BOLETES!




Gavin? Mello? São vocês?


Na boua, não sei o que é pior: Titãs ou o pessoal da gripe aí em cima. Proponho a Ang Lee que me ajude a superar esse trauma.




regravem, rapazes!



Porque o problema não é o encaixe proposto na canção, de forma alguma, mas sim a breguice e a chinelagem no modo como a coisa era apresentada. Nenhuma criança merece isso, não mesmo.


* qualquer um parece ser mais confiável que o Terra, que quase estragou minha vida.
P.S.: só achei aquela imagem da dupla de clowns, mas não me satisfiz. No dia em que me derem um computador que RODA youtube eu vou procurar um vídeo melhor. Tenho a impressão que era uma versão mais muderrrna de palhaços azul e amarelo que cantavam. Enfim. O pavor é semelhante.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

my eeeeeeeeyessss!!!

Eu que to de ressaca ou o sol hoje tá com mais watts do que o de costume?

esclarecimentos

Pessoal, eu não virei homem e nem mesmo conheço o rapaz que interpreta minha cara de susto no post anterior. Serei justa com o moço, portanto:


Amigo expressivo, não sei seu nome. Mas também não fiz questão de descobrir. Eu sei que não é, assim, CORRETO usufruir de todo seu talento sem dar os créditos. Mas como isso aqui é o Country Club e não o Piscinão de Ramos, temos um público seletíssimo. De modo que você nunca vai ficar sabendo que postei sua fuça e sequer vai ler o que lhe escrevo com tanta consideração. Ainda assim, vou te dar um explicação e uma dica: a sua cara é praticamente a primeira coisa que aparece quando se procura cara de surpresa no google, resolva isso antes que você passe mais vergonha. Boa sorte.




Aliás, nessa mesma busca fantástica, me deparei com isso e quase me mijei:















Só eu acho que ta rolando uma fixação por palhaços aqui?

Sabotagem

E ontem que eu fui comprar drogas e a moça do buteco me devolveu minha moedinha de UM REAL e perguntou se eu não tinha outra. Ta certo que é melhor não constranger as pessoas, né? Vai que ela tem algum trauma, alguma tara, alguma fixação. Ainda assim eu fui total obrigada a perguntar: hein? Por quê? Não entendi.

Aí ela me disse: essa é FALSA!!!!

CLOSE!





Ta, ela não berrou desse jeito, foi só um recurso dramático.

Aí eu tive que retrucar. Não que eu estivesse duvidando da índole da moça. Eu só não podia acreditar que alguém tivesse tido tanto trabalho pra falsificar uma moeda de UM REAL!!

- Se ele falsifica cem delas, ele tem cem reais!

Ok, Capitão Óbvio. Mas o que você tem de burro, você tem de burro. Acompanhe:

Olha, eu não sou, assim, superentendida dessas coisas de falsificação, embuste, corrupção, alteração e charlatanismo. Mas creio eu que reproduzir uma moeda de um real, com todos os seus fru-frus, custe até mais do que um real, será que não? Ta, mesmo que eu esteja delirando quanto ao valor da matéria prima, e a mão de obra? E o tempo perdido?

Ah, não! Mesmo que com cada uma eu lucrasse 20 centavos e, dessa forma, quando eu me matasse fazendo mil cópias eu conseguisse arrecadar o equivalente a um salário de estagiário, JAMAIS me prestaria. Se é pra ser criminoso que seja pra ganhar muito e trabalhar pouco, né?

dominaremos o mundo

Estava eu esperando o ônibus ontem quando percebi na parada uma pirralha que me cativou horrores. Cara, a criança era uma euzinha!

A menina tinha uns cinco anos e era muito sagaz e eloqüente, embora gostasse de frisar bastante algumas idéias, como veremos a seguir. Mas, sério, ela era praticamente a tradutora dos meus pensamentos. Dizia em voz alta tudo que eu só não estava manifestando por ser gente grande ou por estar sóbria.

O ônibus tava demorando horrores e toda vez que passava um Viamão (e não paraaaaava de passar Viamão) ela começava:

- Mas aqui só passa Viamão! Essa deve ser a parada só pra Viamão! Acho que eu nem to em Porto Alegre, to em Viamão!

Que querida! Rabugenta, chata e irritante que nem eu!

E olha só que orgulho, sempre que passava um ônibus que não era o nosso ela soltava:

- Que saco! Ai, que saco! Que sacooooooowww!!!

Aí ela parou em uma pose EXATAMENTE como eu costumo fazer. Estilo barraqueira, assim, ta ligado? Volta e meia (entre 25 e 30 vezes ao dia, mas é involuntário) alguém me pega na tampinha com a maior cara de mau humor e com a mão esquerda na cintura, batendo o pé, louca pra trucidar alguém. Ai, gente, se eu não estivesse rindo muito, acho que estaria chorando de emoção. Aí a pequena ranzinza deu a dica de que com aquela demora o ônibus viria lotaaaaaado-que-saaaaaacooo!

Dito e feito.

Agora, vai dizer: alguém duvida que meus filhotes vão ser todos assim insuportaveizinhos como mini me e eu?

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Continue a nadar, continue a nadar...

Nada como um dia após uma terça, não é mesmo? ODEIO terças, já falei? ODEIO.
Só que a terça vai e a feirinha fica, papel crepom na janela idem.
A maioria dos pobrema também.

Porém!!! (quantas pessoas vocês conhecem que usam porém como interjeição?)
Hoje é quarta! E na quarta nada me impede de colocar em prática os pensamentos da sábia Dory. Acompanhe o raciocínio:

Hey Mr Grump Gills
You know what you gotta do when life gets you down?
Just keep swimming
Just keep swimming
Just keep swimming swimming swimming
What do we do we swim, swim, swim
OH HO HO How I love to swim
When you WAAAAAANNTTT to swim you want to swim


Minhas irmãs dizem que eu sou abobada e esquecida como ela.
Ah! E que eu tenho uma cara esquisita também.

Ah! Não posso esquecer (viu?) dos caras que ajudaram a difundir essa teoria no Hemisfério Sul:


Malandros que são, sabem que pra entrar na mente da gurizada, só cantando em ingreis.

Swimming, swimming
in the swimming pool
When days are hot, when days are cold
In the Swimming pool

Breast stroke
Sidestroke
Facing diving too!
Don't you wish you never hadanything else to do.

na crista da onda

Quel é o problema da Gang, hein? Ok, tirando o fato de eles venderem roupas altamente bagaceiras pra crianças e adolescentes anoréxicas, qual é o galho com a publicidade?

Cês viram isso? A nova campanha felizanonovo da "grife" é inspirada – estou sendo gentil, porque foi total copiado - no filme Tropa de Elite. Nem me impressiona o fato de esse tema estar mais batido do que carne de pescoço disfarçada de filé. Deixo passar. Até porque, todos nós sabemos que eles são capazes de coisas bem mais toscas e sem graça. Tipo sacadinhas totalmente retardadas, como aquele tal fuck you sei lá eu que ano. Sério, eu imagino um adolescente dos mais mongolões rindo e se babando, à época, ao passar pelo outdoor suuuuuper subversivo da loja. Dã.

Mas bem, o que me deixa abismada mesmo é que a escolha do tema foi feita porque com toda a certeza do mundo a campanha deve estar fazendo alto sucesso entre o público alvo. Aí uns podem dizer que não é culpa da Gang, que só ta fazendo o necessário pra vender mais e tal. E outros vão dizer que não é culpa dos publicitários contratados, porque cliente é cliente e parará. Aí eu vou dizer que não é culpa de ninguém e que eu não pretendo escrever um tratado baseado em teorias furadas sobre as minhas impressões negativas a respeito de uma campanha dessas e sobre o mito, que na minha cabeça aparenta ser totalmente distorcido, do Capitão Nascimento. Até porque, se eu tivesse alguma condição de pensar sobre qualquer coisa seriamente, eu faria minha monografia e não isso, né?

Parêntese. Devo deixar claro que eu acho o máximo os bordões do Capitão e adoro fazer piadinhas sobre o Bope. E também que, mesmo falando com toda a naturalidade sobre o tema, não vi o filme ainda, preciso confessar. Fecha.

Só que, pípou, o Nascimento em pessoa já deixou bem claro que ele não é quem vocês imaginam que ele seja e disse também que ele mesmo não concorda com seus próprios métodos.

- Hein?
- Aqui ó.

Não sei o que mais é preciso pra mostrar pra galera que o Capitão não é um herói de coração nobre e muito menos o defensor da moral e dos bons costumes.

Ele é um personagem muito bem elaborado e bastante cativante. As frases de efeito e o humor espirituoso e sarcástico do moço realmente conquistam a simpatia da molecada (a minha também!). Mas, convenhamos, acho que o saco e a vassoura não são a solução para os problemas do país. Ainda.

Se mãe de adolescentes eu fosse, começaria a usar o método Bope em casa pra ver se passava a ser idolatrada e obedecida cegamente. Fica a dica.

Arlindo

O amigo colorado maluco ali de baixo me indicou essa reportagem sobre o Bozo.

Ai, gente, fiquei confusa. Apreciei toda a malandragem e o charlatanismo do amigo, subiu no meu conceito mesmo, mas não posso perdoar alguém que casou com a Gretchen (só eu não sabia disso?) e tem uma filha que se chama Stacy Lôyde.

- Mas ele é um palhaço! O que você esperava?

Ah, sim, sem esquecer que ele é um palhaço. Um palhaço-pastor ainda por cima.

Ai, tirem suas proprías conclusões.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Querido diário...

Meu dia foi um pouco estressante. Sabe quando tu te sente uma forma um pouco decadente? Então.

Com fins puramente didáticos, fotografei alguns momentos da minha terça-feira em estilo fotolog miguxo pra mostrar pra vocês.

- Aqui eu um pouco chateada quando percebi que meu celular agora só serve pra jogar joguinho e nem tem serpente.


- Caralho! Essa porra não despertou! E não dá pra telefonar nem pro atendimento! Merda!

- Aqui eu supercompenetrada no meu trabalho. Como me esforcei pra foto parecer casual, acabei não enquadrando o computador. Pena, queria que vocês conhecessem o famoso Pense Bem. Fica pra próxima.




- Putamerda! A conexão caiu! Que eu vou fazer agora, cacete?


Aqui eu sorridente depois de mais um dia de dever cumprido. Os olhos vermelhos são culpa do flash, viu? E como todo portador de fotolog egocêntrico, eu não sei evitar o efeito coelhinho da páscoa*.



- Sorrir não dói, sorrir não dói...


* De olhos vermelhos, de pêlo branquinho, saca? Flash estouradão na cara dá isso. O cara parece o Gasparzinho emaconhado. Ou um (engasgo) fantasma japonês. Bate na madeira!

Aviso

Assim como Caetano, eu não peço desculpas, nem peço perdão. Ele porque não agüenta mais ver seu coração como um vermelho balão, rolando e sangrando, chutado pelo chão. Eu porque sei que ando rabugenta além da conta, mas não vou parar de reclamar. Peço compreensão, porém, ao meu conselho editorial: essa histeria de fim de ano pelas ruas me dá muita vontade de fugir ontem pro Butão. Até meu manual que ensina boas maneiras tá mais parecendo um livro de dicas para games politicamente incorretos ou instruções pra gincana de colégio. Violência pura.

Então, se você tem o coração fraco, é muito sensível ou se ofende facilmente, sugiro que retire-se. Não garanto que não vá piorar.

- Ei! Ao contrário de você, eu sei separar uma simples opinião grosseira de um ataque pessoal gratuito.
- Então tá, leitor imaginário, permaneça. Nunca me enganei contigo mesmo.

Seguimos com a programação ranzinza.

Só porque é terça


No momento em que eu parei de ganhar presentes, o Natal perdeu todo o sentido pra mim. Opa! Quase todo. Não posso esquecer que se trata de um feriado. E de feriados nós gostamos muito, né pessoal? Bom, ainda assim, dessa vez não vou destilar todo o meu ódio com relação a essa festividade. Nem mesmo com relação às coisas adjacentes que me irritam em dobro (amigo secreto, fruta na comida, especial do Roberto Carlos, decoração tenebrosa, pessoas histéricas pelas ruas e a missa do galo, por exemplo).


Como acontece em toda a terça-feira, meu dia começou torto (nota: preciso divulgar meu manual com urgência). Mas nada foi pior do que a minha chegada apoteótica e atrasada no serviço. Cara, eu trabalho num bloco de concreto. Nas salas onde tem janela, colocaram placas concreto na frente, pra tapar o sol. Acho que na época em que construíram essa boniteza, ainda não podiam prever a invenção da cortina, do raquitismo ou mesmo do mofo (NOT!). Enfim, tem um corredor grande bem no meio do primeiro pavimento. É tão grande que chamam de avenida. Juro! O corredor se chama Avenida (CENSURADO). Megalomanias à parte, rola uma baita parede de vidro em um dos lados da avenida, que dá prum jardim de inverno até bem razoável. Confesso que nunca fiquei lá curtindo o astral do jardim e tal. Até porque não posso ficar voando as tranças por aí na maior. Aliás, se eu pudesse dar bandinhas ou tomar um chimas na florestinha, obviamente isso aqui não existiria. Mas então, gosto muito de saber que há plantinhas e sol e ar e vida logo ali do lado. E sempre que passo pelo corredor, vou numa vibe Martinho da Vila pra aproveitar ao máximo o solzito que entra pelos vitrais.


Muito bem, olha o que o Natal faz com a vida da gente. Quando entrei na cimentolândia hoje cedo mal sabia pra onde olhar primeiro. Fiquei petrificada de pavor quando percebi que as janelas que dão para o jardim estavam todas cobertas por rolos e mais rolos de papel-crepom-bagaceiro-vermelho-e-verde!!! Whyyyyyyy??? Ta, imagino que infelizmente não seja papel crepom mesmo. Porque se fosse, na primeira brincadeirinha marota de São Pedro eles iam pro saco, né? Mas parece crepom e isso já é feio e chinelo o suficiente. Agora me diz: pra que isso? Pra entrar no espírito natalino? Arram! A fantástica idéia é essa. Sabe por que? Porque não é só isso! Havia mesas compridíssimas de sarrafos, taquaras, sei lá o que, sendo montadas bem no meio da avenida. Adivinha? Vai rolar uma feirinha de Natal bem no meu caminho em direção a absolutamente qualquer lugar que eu possa ir em horário de expediente!



...



Tenho CERTEZA de que no Butão não tem dessas coisas, certeza.





Não fotografei o terror que escondeu o meu jardim, mas só pra fazer todo mundo passar mal inteiramente grátis, pedi pro google algumas decorações de natal bem bonitonas pra vocês. ;)




















segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Capítulo 2 – Centro em dia de chuva

Manual da etiqueta urbana



Obs: Importante lembrar que mesmo com o sol brilhando e os pássaros cantando, um passeio no Centro de Porto Alegre jamais é agradável. Até porque essa frase apresenta dois erros gritantes: o centrão é a terra onde o sol não brilha, racha, e os pássaros são mais precisamente pombas. E pombas não cantam, atordoam. E cagam, com o perdão da palavra.

A não ser que você tenha o azar de trabalhar por essas bandas ou tenha coisas importantíssimas pra fazer por lá, eu realmente não sei o que você está fazendo no centro da cidade. O meu egoísmo me pouparia o trabalho de destilar meu ódio com relação a essa zona letal, mas eu tenho muita consideração por quem labuta por lá (tipo eu mesma no passado). Por isso vou dar umas dicas de sobrevivência em ambiente tão inóspito. Como sou justa, muito justa, justíssima, vou dividir em duas categorias cada um dos tópicos. Algo como inconvenientes e vítimas do desaforo alheio.


1) O Guarda-Chuva

a) Existem pessoas que abdicam de usar guarda-chuva quando passam no Centro. Se você é dos que preferem se molhar a se incomodar, está perdoado, não tenho nada a dizer. Eu já fui assim, antes de me preocupar com meu cabelo ( =D). Agora só arrisco no chuvisco. O pensamento de tão nobres pessoas é simples: com tanta marquise, pra que guarda-chuva? Só seria mais perfeito se um monte de joselito não andasse COM guarda-chuva onde não chove. Fica a dica, então: atropelem na moral quem estiver de sombrinha embaixo da marquise e não peçam desculpas (ver tópico 2).

b) Se você acha melhor não estragar o penteado, compreendo. Ainda assim dou uma dica pra dias de chuva fraca: capuz. Mas se ta caindo o mundo e você não quer perder a compostura e cheirar a cachorro molhado, bora pras instruções. Primeiro, a sua sombrinha ocupa mais espaço que você, darling, portanto certifique-se que você vai caber nas brechas por onde tenta passar. Ultrapassagem vale e é super estilo, mas quando é mal-sucedida fica feio, né? E também não enfie o guarda-chuva na cara dos outros, pelamor. Eu sei que é muita sombrinha, que a gente perde o controle, fica confuso. Mas a regra é clara em cruzamentos, a pessoa mais alta levanta seu guarda-chuva e mais baixa encolhe um pouquinho. Se a outra pessoa não colaborar, eu sugiro se esquivar ainda assim, conseguir passar ileso e depois mandar à merda. Porque se pagar pra ver e rolar colisão, vai esguichar água na sua fuça e borrar sua maquiagem. Avisei.



2) A Marquise

a) Como já dito acima, a marquise é o abrigo dos sem guarda-chuva. O motivo a gente não pergunta, né? Ta certo que naquela zona é facinho achar esses instrumentos, porque não bastassem os transeuntes, sempre tem um vendedor enfiando uma sombrinha na sua cara, totalmente de propósito. Mas, realmente, se toda vez que São Pedro resolver tirar uma onda, você for comprar um desses guarda-chuvas descartáveis, vai à falência. Então, sejamos sensatos: deixe os locais cobertos pra quem está caminhando desprotegido e pra quem está esperando o helicóptero do papai Noel vir resgatar.

b) Olha, eu não costumo estimular o surgimento de vários mini me, assim a la loca, porque se existissem muitos rabugentinhos como eu, seria a primeira a fazer curso de cosmonauta. Mas, bem, se você está lá, todo corajoso, se banhando na chuva ácida, resolveu dar uma aliviada passando em local protegido e deu de cara com um bando de idiota usando o sistema de dupla proteção, só tenho uma dica: passa por cima e sai xingando a mãe.




3) Os veículos

a) Nada mais triste do que essa cena: lá está você, ainda semi-seca, na parada do busão ou esperando o sinal fechar pra atravessar a rua e aí passa um carro bem rente à calçada e tchibuuumm! Te taca água suja, lixo e ratos mortos por todo o corpo. Pra mim o negócio é aproveitar o fato de que certamente vai ter uma galera nessas mesmas situações e ficar atrás do pessoal da parada ou da sinaleira. Aí você ganha um escudo humano e ainda se livra de encoxada. Magavilha.

b) Se você é motorista, tenha consideração. Sério, se não houvesse como evitar o banho nos pedestres, isso aconteceria sempre e nem mais seria tão indignante, seria normal, não é? A gente sabe muito bem que basta não passar chispando em cima da poça d’água ou não ir tão grudado na calçada. Se supersônica eu fosse, corria atrás do seu carro e tacava um balde de água de ratazana dentro do seu automóvel. E ainda voltava seca. Humpf.

Consideração final para todos: respeitem vovôs, vovós, cadeirantes e demais pessoas que por algum motivo não têm a mesma agilidade que VOCÊ!!!

Diz aí, tiozinho, o que cê vai fazer?

E eu que me achava total machona com relação aos inseptos, acabo de forçar um completo desconhecido a matar uma barata pra eu poder passar pelo corredor da firma.



Oi? É comigo?


Acho que agora vou comprar um rodox pra me defender.

Apocalipto



Há exatamente um ano eu tive certeza de que era o fim da odisséia terrestre. O dia 17 de dezembro de 2006 foi tão estranho, mas tão surreal, que eu acreditei que seria o último da aventura humana na terra. Sabe quando tu te sente numa vibe meio Caetano? E fica cantarolando mentalmente o dia inteiro: alguma coisa está fora da órdeeeEEeemm, fora da nóva órdem mundial? Mais ou menos isso. Acompanhe o desenrolar dos fatos para compreender o que eu digo:


- Nos dias anteriores ao fatídico 17, por ocasião de despedida, meus amigos (maioria gremista) e eu andávamos num clima festeiro, curtindo como se não houvesse amanhã. Perceba que a vibe juízo final já vinha se desenvolvendo.

- Depois de passar um bucólico e divertido sábado 16 na ZS, tomados pela alegria, resolvemos acampar num apartamento de um quarto só. Éramos seis (heh). Quatro de nós fomos pra festenha, dois ficaram dormindo. Detalhe importante: tava muito quente pra caralho. A ponto de tu achar um brasil suado mais fresquinho do que a rua. Juro.

- Os tolos gremistas tinham decidido assar um churrasco DENTRO do apartamento no dia seguinte (quente como o inferno), pra comemorar o suposto “título mundial do Barcelona em cima do Inter”. Presunção pura.

- Pois bem. Entre ver o meu time perder sozinha em casa ou do lado de amigos beberrões, ainda que gremistas, escolhi a segunda opção. Entre ver o meu time ganhar e o mundo acabar sozinha em casa ou debochando dos gremistas e vendo eles assarem o churrasco dos perdedores, escolhi a segunda opção.

- Acordei cedo e de ressaca. Encaminhei-me para a sala, que mais parecia um albergue, e me preparei para assistir ao jogo cercada por três gremistas fanáticos. A neutra passaria o tempo todo inacreditavelmente desmaiada no sofá e a outra colorada continuou dormindo no quarto. Sim! Você estava dor-min-do!! Pior espécie de torcedor.

Nesse momento, preciso fazer uma pausa esclarecedora. Admito que não sou a pessoa mais futebolística do mundo. Atualmente, mal sei a escalação do meu time e quase não assisto aos jogos. Gosto de ir no estádio, mas acho que é mais uma coisa nostálgica, saca? Porque quando era pirralha ia bastante ao jogo com meu papito ou mesmo com a família inteira. Muita diversão. Naquela época eu torcia bastante mesmo. Cheguei a pedir a camiseta do Inter em um dos meus aniversários. E, bem, eu tinha direito só a três presentes caros no ano. Vejam só que garotinha pra lá de especial! =D

E, gente, eu tava na quinta série em 1995. Sabem o que é sofrer? A maioria esmagadora da minha turma de colégio era gremista. Eles penduravam as camisetas nas paredes da sala de aula . E os passeios de ônibus eram sempre iguais: gente pra cá, macaco pra lá. Sim, detestáveis gremistinhas. Mas eu agüentei firme. Longe das minhas amigas, longe dos gatinhos da turma. Continuei colorada. Mas a essas alturas (desculpa!) eu já estava totalmente acostumada a perder e chegava a acreditar que o Inter ganhar um título mundial era algo fora da minha realidade.

Retomando!

- Então fiquei lá eu berrando sozinha, totalmente histérica. Era o meu timeco do coração contra o time bambambam da Zoropa (sintam todo o conhecimento futebolístico da moça). E, acreditem, chegar ao intervalo no zero a zero já tava me impressionando horrores. E aos gremistas, também. Ah! O pânico naqueles olhinhos. Bem feito!!

- No segundo tempo eu já tinha me conformado com o título. Foi difícil, eu ia ter que me desprender de muitas crenças, mudar muitos conceitos e começar a viver num whole new world. Ainda assim, parecia um bom negócio.

- Quanto mais o jogo se aproximava do final, mais eu repetia bemloca: ah não! Chegou até aqui sem tomar nenhum golzinho! Bora completar o milagre, pessoal!

- Quando o Gabiru (que eu nem sabia quem era. Heh) fez o gol, fiquei catatônica. Aí comecei a gritar pra acompanhar a bela adormecida (que acordou só pra parte boa, humpf) meio sem jeito porque nem era aquela empolgação que eu sentia no momento. Era estranhamento total. Acho que foi aí caiu a ficha do que tava acontecendo e que eu não assistia ao fato nem com meu papito, nem com meus primos e irmãos. Bizarro.


agora te conheço

- Quando acabou o jogo, temendo pelo coração de meu progenitor, liguei para papis imediatamente pra me certificar de que estava vivo. Estava mais vivo do que nunca, e louco. Depois liguei pra minha irmã número 2, que estava aos prantos. Aí eu vi que era verdade, né?

Nesse momento eu comecei a estranhar muito a vida, o mundo e as pessoas. Os acontecimentos que seguiram definitivamente não estavam no gibi*. Tava muito quente, muito quente mesmo. E era aquele bando de gente enfiado num apartamento pequeno, assando churrasco ainda. Tudo amontoado, com roupa de ontem, as mina com cara de puta amanhecida. E os gremistas quase quiseram suspender a “comemoração”. Mas aí a gente mandou sifuder e que cumprissem com o almoço prometido. Idéia de jerico, claro. Seria mais sensato pedir uma pizza. Mas acho que nem seria possível, porque aquele foi o dia em que a Terra parou. Metade dos habitantes da cidade estavam concentrados na Goethe, a outra metade, em escondida em tocas. Uma amiga veio caminhando até o nosso inferno particular disse que não viu viva alma no caminho. Passamos bom tempo total out, como se num universo paralelo, assistindo Procurando Nemo (!) e derretendo, claro.

O interfone tocou de repente e retornamos ao real whole new world. Era um dos amigos colorados, completamente transtornado, fora de si, alucinado. Ele vestia umas duas camisas do Inter, tinha outra amarrada como a capa do Super Homem e faixas japas do mundial amarradas por todo o corpo. Balançava uma edição especial da Zero sobre o título como se fosse uma bandeira. Queria ter uma foto disso (temos?). Nos cumprimentamos com uns pulinhos de alegria e ele sentou no chão pra ler o jornal em completo silencio. Bizarro.

Saindo da anestesia geral, percebemos que não tinha como continuarmos enfurnados dentro de casa e fomos tomar um sorvete logo ali. Não sei se teria sido pior ir a pé. Mas o fato é que colocamos todos, eu disse TODOS, dentro do carro pra ir até a sorveteria. Na hora foi total sensato. E foi com um sorvete de limão na mão que acompanhei a cena que, pra mim, representou toda a estranheza do dia em que esperei pelo juízo final.

A imagem de que falo não foi a de centenas de colorados bêbados comemorando em praça pública. Esse quadro teria sido uma renovação de esperança, creio. Só que não acompanhei nada disso. O que me deixou mais perplexa mesmo foi ver passar por uma José do Patrocínio deserta como em filme de zumbis, um azulzinho numa espécie de patinete motorizado. O esquema andava, sei lá, a uns 0,2 Km/h. Uma criança de dois anos pedalando um patinete padrão se moveria mais rápido. Não sei se todo mundo parou mesmo de falar naquela hora, ou eu que parei de escutar. Não sei se o mundo parou de girar mesmo, ou eu que parei de sentir. Sei que parei de prestar atenção em tudo pra acompanhar a longa cena: naquele solaço que raiava impiedoso– e que imaginei vermelhinho como nos símbolos japoneses –, um ponto azul se movimentava vagarosamente, sozinho, constante. Sem ressentimentos.




Adendo: Acho lindo quando alguém redige um texto que fala desse dia com todo o coração e sem nem lembra de ficar corneteando o Grêmio. Mas, bem, eu não teria como separar o timeco da Azenha dessa minha história, né? E, afinal, esse não é um texto sobre o Inter Campeão Mundial. Eu não teria moral ou conhecimento pra escrevê-lo. Esse é só um relato fiel do que aconteceu comigo no dia em que o mundo só não foi pro brejo porque os cavaleiros do apocalipse se distraíram comemorando com uma galera vermelha (confundiram com uma horda de diabinhos) e esqueceram de fazer o anúncio.


brega e surrupiado












* o mais legal dessa expressão é que ela é bem mais antiga que Heroes. heh

sábado, 15 de dezembro de 2007

Hello girls!

Ontem quando o recorrente assunto periguete surgiu na área, minha famosa dupla de stand up comedy lembrou que, ainda antes da visionária Gretchen, outro grande ídolo já sabia muy bien o significado dessa expressão. Usava-a com muito mais classe, porém.

Câmera! Close!




Zé Bonitinho



O perigote das mulheres!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Sobre o pavor

Alô, Criançada! O Bozo chegou!

corram sem olhar pra trás!

Ao contrário do que possa parecer, eu não coloquei essa imagem do inferno aqui só pra tocar o terror gratuitamente, mas sim como recurso didático para falar sobre medo, pavor, pânico e desespero.

Bem, eu morria de medo de palhaços quando era criança. Toda vez que via um bicho feio desses, com aquele bolota vermelha no nariz e a sobrancelha à la Elza Soares, eu passava mal, ficava com febre, fazia um fiascão. Total drama queen. Porém, contrariando qualquer lógica ou lei natural do universo, eu curtia o Bozo. Claro, nessa época eu era uma criança muito sensata e sabia diferenciar ficção da vida real. Por isso, sabia que, ao contrário dos outros palhaços demoníacos que estão soltos por aí, o Bozo não sairia da TV pra me assombrar na escolinha, no shopping ou nos aniversários de amiguinhos. Naturalmente, ir ao circo era um martírio. Puro sofrimento. Ficava tensa o tempo todo tentando adivinhar de onde sairia o próximo IT pra me assustar.

Pois então. O que tenho a dizer é que foi-se o tempo em que o que aparecia na TV não me metia medo.

- Ei! Acho que você está regredindo!
- Quieto ou te compro um pôster da Vovó Mafalda sem calcinha!


Well, a maioria das pessoas da minha geração desenvolveu nervos de aço com relação aos monstros da televisão. Também pudera, saca só o naipe dos personagens infantis que povoavam a tevelândia naquela estranha época (se você usa marca-passo ou tem problemas de pressão, recomendo retirar-se):








O primeiro é um homem. O segundo, melhor que fosse. O terceiro conhece a arte do desespero. O último comia gatos.

Tenebroso, né não? E esse eram os mocinhos carismáticos. Juro.

Mas mesmo tendo passado por tudo isso com corági e, aparentemente, sem seqüelas, descobri algo nos tempos atuais que me mete muito medo. Pensei em guardar essa confissão pro dia em que eu for no programa da Márcia Goldshmidt. Mas talvez isso demore demais, então lá vai:

Eu MORRO de pavor de fantasmas japoneses.


Pronto, falei.

- Mas isso não existe! E mesmo se existissem, acho que as almas penadas não cruzariam o pacífico só pra te assombrar.
- Não te perguntei, otário.

É que com o tempo e as drogas, acho que acabei perdendo esse discernimento básico entre o que é filme e o que é vida real, sabe? Não sei se isso pode chegar a me causar problemas no futuro (São Pedro, here we go again!), mas só pra dar uma noção do horror: eu não me atrevo a colocar uma imagem dum bicho desses aqui - mesmo com minha adoração pelas ilustrações - porque fico a-pá-vo-ra-da com a idéia de procurar “fantasma japonês” no google.

- Agora eu é que tenho medo de você!
- Não o culpo.


Mas, gente, não acham que meu terror de hoje faz mais sentido que o de outrora? Não sei o que passa na cabeça dos diretores de filmes de terror japoneses, mas que fixação é essa por criança morrendo afogada? E por fantasmas com problemas nas juntas? Por que eles nascem amarelos e quando morrem ficam azuis? Já perceberam que até os fantasmas contemporâneos usam roupas feitas de trapos velhos ou de saco de estopa? E cortar os cabelos nem pensar, né?

Sei lá, é muita bizarrice junta, eu entro em pânico. Cara, a Samara (a que menos temo, porque até acho bonitinha em alguns takes, confesso) é tão moderna que TELEFONA pras vítimas e depois sai da TEVÊ (arrá! Veja o meu refúgio infantil indo por água abaixo) pra matar as pessoas. Mas alguém pode me dizer o que ela tava fazendo de camisola na beira do poço quando morreu?

E repararam nas roupas Morticia Adams style da mãe da mina? Pô, no mínimo, a Samara foi parar no fundo do poço depois do advento do videotape, concordam? Ei! A mãe ta VIVA na continuação (vi, confesso também). Ou seja, foi ontem, praticamente. Era dia de halloween quando ela veio a falecer? A propósito: acho que seria super trend uma fantasma japa em estilo Harajuku. heh

E o que é O Grito, meu cristinho? Sério, passeimal como se ao meu lado estivesse um palhaço quando vi esse filme no cinema. Ah! Já to vendo todo mundo pensando: caralho, esse filme é mó mal feito, essa guria é doente! Pois pensem e morram! Achei a coisa mais freaking scary do mundo unir terror a gatos e crianças, que adoro muito. Aliás, devo dizer que nada pode ser mais fucking bizarre do que unir gatos E crianças, ou melhor: A crianças. Sim, porque aquilo é um menino gato! Azul! E que mia berrando! Ou berra miando? Ai, desse eu me mijo de medo, juro.

Tá, me passei. É que quando a gente confessa alguma coisa é assim que funciona. Tu nunca menciona o assunto pra não passar vergonha. Mas depois que o negócio vira público, bate o William Wallace e tu te sente com toda a freeeeeeedom* pra discorrer loucamente sobre o tema. Mas agora parei, até porque...

Papai Papudo, que horas são?





São cinco e sessenta!



Opa! Fui!


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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Perspicaz

O carteiro que traz a correspondência aqui no guichê é um cara de visão. Um passo à frente do resto da humanidade, ele sempre me pede autógrafos. E enquanto eu assino os trocentos formulários de recebimento, ele diz, compreensivo: é o preço de fama! é o preço da fama!

Todos os dias.

Eu sei, amigo carteiro, nada é digrátis, né?

De qualquer forma, acredite, não é todo mundo que tem a sua astúcia. Deixe estar.

Aí! Pros que AINDA não descobriram o meu talento, vou deixar um recado: um dia meus rabiscos serão como barras de ouro, que valem muito mais do que dinheiro!

- Não é mesmo, Silvio??


- Tá certo!




E guarde esses talões, Alemão!