sexta-feira, 26 de setembro de 2008

refletindo

O bonito da filosofia é que ela tá em todo lugar. Principalmente onde a gente acha que não seria possível ou recomendável. Pois bem, eu sou uma pseudo-filósofa de expediente. Mas não me considero uma fonte improvável de filosofia (muito menos provável, é que eu não sou fonte mesmo), eu só to treinando porque um dia hei de ser uma grande conselheira.

Eu sou adepta da filosofia musical. Pra aderir a esse tipo de pensamento, porém, é necessário livrar-se totalmente de preconceitos e mesmo de bom gosto. Porque, como eu disse antes, os bons conselhos saem dos lugares mais inóspitos e, devo dizer, tenho aprendido muito com um gênero musical que em nada me apetece. 

- Funk carioca?

Nooooo! Eu sei que essa foi a primeira reação de todo mundo, seguida de: ah, tava achando sério demais mesmo, lá vem ela colar letra de pancadão bagaceiro e dizer que aprendeu muito com os manos das correntes. 

Estão redondamente enganados, porque falo sério. Atrevo-me a dizer que faz tempo que não falo num nível tão baixo de besteirol (efeito LHC, sem dúvida, o bom e velho incentivo na busca de sentido quando a vida parece estar prestes a findar). 

Pois bem, eu não sou reggaera. Reggae me irrita, porque são todos iguais, porque dançar reggae só é legal por dois minutos, depois tu cansa de ficar dando pulinhos. Na verdade, eu até posso ouvir uma música de reggae por dia e, ok, acho massa. Até posso ouvir de novo, mas a mesma. Porque se eu escutar duas diferentes eu encho o saco. Show de reggae me dá nos nervos, as pessoas puxam, prendem, deixam a cabeça pender pra trás e sacodem loucamente enquanto seguem naquele sequência infindável de pulinhos. E isso me faz crer que talvez eu não goste de reggae porque não fumo maconha. Mas eu sei que a recíproca não é verdadeira e que não é relação de causa e efeito, ou vice-versa. Não é todo maconheiro que curte reggae ou todo reggaeiro que curte maconha, por definição. Porém, por maioria de votos é o que acontece, é uma questão cultural, social, whatever. Mas nada contra reggaeiros ou maconheiros, ok? Eu só tento saber porque não gosto desse simpático gênero musical. E a verdade é que a única coisa no reggae que eu não gosto é ter que escutar, só isso. 

E então que meus maiores conselheiros musicais vêm justo dessa vertente, e não são quaisquer dois, ahn? Em momentos difíceis da vida, em momentos de decisão, em momentos de angústia, nervos, em momentos de caos e desespero, sigo a filosofia de dois altos representantes da turma do reggae (claro que podem estar ultrapassados, mas acho que se eles parecem altos representantes para uma leiga e soam como ícones pra quem sequer gosta da coisa, devem ser reconhecidos como tais).

- Fuma um?

Nooooo! Não sigo seus hábitos, mas suas palavras de sabedoria. E talvez mesmo por não seguir seus hábitos eu não tenha sido capaz de formular tais pensamentos (alou, maconheiros, façam as pazes comigo). 

Quando estou cega de ódio ou raiva, com a mente confusa e aflita, espero baixar o Jimmy. 

- Que Jimmy?

O Cliff!



Os sábios que mais admiro é os que ainda sorriem


Acabo de descobrir (avisei que era ignorante no tema) que Mestre Jimmy Cliff não é o autor da música que o consagrou. Mas, bem, ele regravou e espalhou a mensagem pros quatro cantos do mundo, merece crédito. E é a voz dele que me vem à mente quando escuto as palavras que mostrarei a seguir, portanto o post segue seu rumo. Antes, porém, devo dizer que o mestre do mestre é Johnny Nash, autor oficial da grandiosa música I can see clearly now. Acompanhem:

I can see clearly now the rain is gone. I can see all obstacles in my way.
Gone are the dark clouds that had me blind.
It's gonna be a bright (bright) bright (bright) sunshiny day. 
It's gonna be a bright (bright) bright (bright) sunshine day. 

Oh yes, I can make it now the pain is gone. 
All of the bad feelings have disappeared. 
Here is the rainbow I've been praying for. 
It's gonna be a bright (bright) bright (bright) sunshine day.


Baixar o Jimmy é aquele momento em que tu pára, concentra, e tenta dissipar as nuvens da irracionalidade, tentando ver a real situação em que se encontra. Enxerga, assim, todos os obstáculos no caminho, como diz a letra. Esse é o momento de sapiência em que tu percebe que, bem, fudeu, e talvez bem fudido, mas sabe que a noção do tamanho da fodelança é o primeiro passo pra resolver tudo. Da mesma forma, tu pode acabar percebendo que metade do problema é pura paranóia. Ou mesmo acabar descobrindo que não há solução. De qualquer forma, o conhecimento que provém de um momento Jimmy, traz o sopro de ânimo que falta. A partir daí, completamente ciente da dimensão do problema (se é que o há) e do alcance dos próprios atos, se pode crer que será um lindo dia de sol. 

Juro que a música realmente toca na minha cabeça em casos assim. 


Pois bem, após o momento clarividente de Jimmy, chega a hora de tomar atitudes. Em uma frase só, o filho do hôme (não, não estamos falando de Jesus, embora desconfie que ele daria um ótimo reggaeiro) sintetiza o que deve guiar nosso pensamento, sempre que precisamos decidir algo.


Sapiência estampada na face


Confesso que já nem sei se ele é o real autor dessa música. Acho até que não, a bem da verdade. Mas, né?, deixa assim mesmo. Afinal, com a chegada de Ziggy Marley, forma-se o combo de momentos Jimmy + Ziggy, responsável por abrilhantar meu dia e me ajudar a superar as vicissitudes da vida. 

Ziggy nos diz:

Got to be true to myself

E ele está coberto de razão. 

Afinal, considerando, claro, as essenciais porém subestimadas barreiras do respeito ao próximo, só se tem que prestar contas a uma pessoa: a si próprio. Acho que o auto-conhecimento pode ser a chave de quase tudo nessa vida. É um saco, na maioria das vezes, mas acho que vale o sofrimento. Ainda mais se considerarmos que não é todo mundo que tem oportunidade, energia e tempo pra se confrontar internamente, né?

Além de tudo, já tenho que mentir pra tanta gente (você, leitor, principalmente), vou mentir pra mim ainda por cima? Ah não. Muita mão. Heh


quinta-feira, 25 de setembro de 2008

jaula

Eu não falo bem só de gatos, não. Rodrigo me mandou hoje esse vídeo, entitulado O Cachorro do McGyver (é assim que escreve?). Justiça seja feita, cães também podem ser espertinhos - sempre um pouco menos que os gatos, porém. 

Aliás, esse vídeo me lembrou muito a terceira temporada de Lost. O Sawyer é o cão malandro, claro. E o Jack é o babaca que fica por último (como sempre). 

terça-feira, 23 de setembro de 2008

ninja cat

Não acredito que ainda tem gente que não gosta de gatos.

Amo!

tá aí

Eu pedi a praga e já providenciaram. A cimentolândia foi invadida por moscas estranhas (denominaram de esgoto ou de cachorro, pra mim é mosca simplesmente) e tem um funcionário ali na frente tacando Raid nas plantas e nas pessoas. Juro!

É o fim dos tempos. 

Foi um prazer. 

fim do mundo

Agora cedo tava assistindo ao telejornal matinal e fiquei sabendo do acidente de ônibus que perdeu os freios, acho que em Dois Irmãos, nessa madrugada. De acordo com os relatos dos passageiros sobreviventes (quase todos), o motora tentou de tudo pra evitar uma catástrofe maior, e aparentemente conseguiu, visto que só o próprio motorista e uma passageira morreram. O primeiro, não podendo evitar a própria morte, tornou-se heróico e deu um jeito de salvar o máximo possível de pessoas. Já a moça em questão, vendo que o ônibus estava sem freio, pediu pra que o motorista abrisse a porta e se jogou na estrada. Se jogou.

Isso me lembrou uma apocalíptica, porém animada, conversa que tive com amigos no dia anterior à ativação do famigerado LHC. Eu acho um absurdo que o mundo acabe, considerando que irá acabar de qualquer forma, em uma fração de segundo, pra gente nunca ficar sabendo. Se é pra terminar, que seja caótico, com direito a cavaleiros do apocalipse, portais pra outras dimensões, invasão extraterrestre, pragas. E o mais importante: eu quero ver. 

Esse pensamento em relação a catástrofes sempre me acompanhou. Claro, eu digo isso sentadinha na frente do computador, envolta e protegida (ou não) por todo um reino de cimento. Mas sempre achei que, não importa qual será minha sorte na hora da despedida, quero pagar pra ver até o fim e, de preferência, tentar evitar até o último segundo. 

Mas o meu conceito de evitar tá mais relacionado a resistir do que a fugir. Essa moça que pulou do ônibus provavelmente o fez para se salvar e isso me lembrou um causo de incêndio há alguns anos. Talvez eu esteja distorcendo um pouco a história, mas o resumo é que um apartamento pegou fogo num bairro boêmio da capital e a moradora, desesperada, acabou se atirando mesmo sendo orientada pelos bombeiros a não fazer isso. No fim, ela não resistiu à queda e (essa parte que eu não sei se é delírio) parece que até o cãozinho dela foi retirada do apartamento com vida mais tarde. E essas duas histórias me causaram o mesmo espanto. Por que diabos alguém se atira direto pra morte quando sempre há uma esperancinha, por mínima que seja?

Aí eu percebo uma inversão. Talvez o salto delas seja mais corajoso que a minha suposta resistência. Mas a real é que eu sempre acho que alguma coisa vai acontecer pra dar tudo certo. Talvez eu tenha assistido a filmes da Disney demais na infância. Volta e meia me pego crente de que o masterplan vai providenciar uma reviravolta cinematográfica na vida e tudo vai mudar. Sério, eu tenho a maior predisposição pra ser fanática religiosa do mundo. Às vezes me abatem surtos de profetiza ou de guia espiritual e vivo pregando por aí coisas como "aguarde e confie" ou "reflita". (Aliás, aproveito para agradecer a paciência de quem escuta da pessoa mais incoerente do mundo esse tipo de conselho.) Eu sou mesmo uma comediante. Mesmo quando falo sério soa pastelão. Mas a real é que, embora deteste esperar e saia atropelando tudo o tempo todo, eu tenho mó crença nas conspirações do universo. Deixa eu, cada um com seus problemas. 

Agora refletindo sobre o tema (me aconselhei a parar e pensar), vejo que nenhuma opção é mais ou menos corajosa. Embora chame de otárias todas as pessoas que suicidam em filmes quando há catástrofes iminentes - sem nem tentar escapulir ou ver qualé -, na vida real não me dou o direito de ter uma opinião formada. Ainda mais quando é pirracenta desse jeito. São dois modos diferentes de encarar. Quem opta por tomar as rédeas da situação pode pensar algo como "bem, morrerei de qualquer forma e, por mais que fosse sobreviver agora, logo mais já estaria de partida então deixa que pelo menos eu escolho de que maneira se dará o fim." Já eu penso que seria daquelas que usaria o combo "fé em qualquer coisa + charlatanismo" pra enganar a dona morte pelo máximo de tempo, só pra que possam dizer que eu cheguei na última fase. Pelo menos é o que a consciência me apresenta em situações hipotéticas. 

Hoje sonhei que levava um tiro à queima-roupa, mas não morria. O meu eu onírico chegou a rir quando percebeu que não tinha acontecido nada. Totalmente de acordo com minha cabeça louca, eu to sempre espalhando por aí que tenho o corpo fechado. Mas a minha mania de esperança no masterplan não é inteiramente grátis. Até hoje não me decepcionei com as forças ocultas do universo (que me pergunto se estão no mundo ou na cabeça das pessoas). E, bem, eu caí de um carro em movimento em plena avenida, em horário de movimento,  e sequer me arranhei (não deu nem pra matar aula). Eu fui atropelada de ré quando estava com mononucleose, o carro bateu exatamente no meu baço, e só ralei os joelhos. Esse mesmo carro estava a passar por cima de mim e só parou porque o ônibus chegou e o motorista (sempre eles, heróis) buzinou loucamente até o cara parar. Sei lá, talvez eu tenha sorte mesmo. E tenho sorte de ao menos acreditar nisso. 

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

última vez!

Acho que o único jeito de eu não ficar sabendo desse tipo de coisa (que me deixa mais triste do que feliz, aliás) é nunca mais entrar no Globo.com. Sério, além da notícia fantástica ali de baixo, essa que vem a seguir tava na capa. Na capa! Aí eu tento evitar e ir direto pro que me interessa: a seção de séries de TV (yeah, eu adouro um enlatado ianque), mas aí tem a imagem a seguir ali piscando:




E eu pergunto: WHYYYY???

Não há resposta. Tá aí a página.

Só pra constar, a manchete dizia que essa era Demi Moore brejeira. 

Ok. 

o drama de carol miranda

Eu já tinha prometido pra mim mesma que ia parar com fofocas de subcelebridades pra não ficar dando ibope pressa gente cafona. Mas depois de termos acompanhado todo o desenrolar do Caso Selinho, de Carol Miranda, achei por bem mostrar isso pra vocês. 

Não farei comentários. Me recuso. 

noção

A notícia é velha, mas só vi agora, via Kibe.
Vejam isso.

Um sorriso de escárnio não saiu do meu rostinho enquanto lia essa notícia e aí eu precisava dividir a vergonha alheia com vocês. O que é esse bando de zé ninguém aguardando pra ter seu desconhecido nomezinho na lista pra entrar digráss no show da Madonna? E o que é o conceito de sofrimento? Uh, pedi pro motorista do meu marido ir comprar meu ingresso! Ai, meus sais, como sofro! 

Quer saber? Eu IA comentar, debochar, esculhambar cada linha dessa matéria. Mas sabe o que mais? Vou ficar satisfeita por não ter estado a par da mesma à época da publicação porque, né?, isso significa que eu tenho lido menos bobagens na internê. Até confesso que sei quem são esses imbecis mas, meu, o nome EGO do portal de fofocas nunca fez taaanto sentido.  E olha que eles se esforçam. 

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

cantadas

Esses tempos, passeando na interminável teia de links que é o mundo de blogs, acabei chegando no Vai que cola. Como vocês podem ver, é uma coletânea absurda de cantadas infames, umas bem bestas, outras muito engraçadas. Eu leio e penso que, se me dissessem um lance desses, eu ia ter um ataque de riso tão power, que o cara não ia esperar eu terminar de convulsionar pra ouvir a resposta. Galanteadora que sou, andei testando algumas delas nas garçonetes do Parangolé, que, por mera coincidência, são minhas amigas e me aturam mesmo quando eu falo bobagens sem tamanho (valeu, gurias). Um dia tomarei coragem pra tentar ganhar umas biras com algum desses galanteios pré-fabricados. 


Enquanto esse dia não chega, refleti um pouco sobre cantadas hoje, no caminho pro Império do Cimento. Embora totalmente espontâneas, os dois tipos de xavecos a seguir são muito comuns e padronizados. E não estou falando da velha sugada de ar bagaceira que alegra o nosso cotidiano. Acompanhem e vejam se isso não ocorre com freqüência:

 

Cantada verbal não intencional e sem sentido: Tu tá caminhando na rua e vem na tua direção um tiozão tarado que, ainda a alguns metros de distância, já te achou e entrou em transe (tu nem precisa ser uma beauty queen, basta aparentar ser menina e tá valendo, eles devem fazer isso umas 20 vezes por dia, só no caminho pra quitanda). Ao lado dele, um amigo continua o assunto do qual ele participava ativamente antes de te enxergar e passar a ignorar solenemente a prosa em prol de arranjar o melhor ângulo pra ver teus peitos e melhor distância pra se fazer perceber ao passar do teu lado. Ele se aproxima e cara de psicopata só se destaca mais. Mesmo com medo, tu faz um esforço pra ignorar a pinta, usando a velha técnica de ver-como-se-não-olhasse*, que é pra se manter alerta em caso de ataque, mas evitar que ele ache que tu está dando trela.  Quando ele chega perto de ti e tu ainda olha em direção ao horizonte, ele sabe que é a última chance de chamar a atenção. Sabe que tem que dizer algo. Mas o que? Aí ele lembra que o inocente amigo ainda aguarda ansioso uma resposta e eureka! Aí estão as palavras que me faltam. Aí ele responde, com empolgação desproporcional ao tema “FOI NA QUINTA-FEIRA!”, aos berros, no teu ouvido, como se tu estivesse interessada ou tivesse culpa pelo ocorrido. Hoje um moço me disse que “É ASSIM MESMO!” e depois do susto, eu só pude concordar com ele, que seguiu filosofando, mas em volume moderado.

 

Cantada efetivamente cantada, mas não com muito mais sentido: A cena é basicamente a mesma, só que protagonizada por taradões mais descolados. Em geral menos tímidos e com menos auto-crítica. Tu passa pelo cara e, pela expressão vazia, já sabe que virá uma bomba. Mas ele é artista! Logo após dar a conferida na tua bunda, ele começa a cantar, em alto e bom tom, como se no palco ou num buraco negro (onde som não se propaga) estivesse. Em geral eles engatam um pagodão, que pode ser roots (vou comprar uma faixa amarela, bordada com o nome dela...),  tradicional (to fazendo amor com outra pessoaaa, mas meu coração vai ser pra sempre teeeeuu) ou uma composição totalmente desconhecida para leigos, duma dessas bandinhas de pagode universitário, tipo Inimigos do HP (beija minha boca, tira a minha roupa, tira o meu sossego, que eu to querenu!) ou Canta Kgente, Jeito Moleque, Sorriso Maroto e a criatividade segue rumo ao infinito. Na boa? Enquanto o pessoal permanecer nessa vibe eu levanto as mãos pro céu e agradeço. Triste mesmo vai ser quando as gurias passarem e o galante em questão soltar um “Créeeeeeuuuu!”, seguido pelas risadinhas dos amigos ou, ainda, recitar o essa bela poesia: “eu te trato tipo rainha, tu me trata tipo rei, tipo rei, tipo rei, tipo rei!”**. Chuto que isso já acontece em pontos isolados, mas prevejo uma pequena onda de calor pra que isso se espalhe por todos os cantos. Anotem.

 

* Essa é uma técnica que só as mulheres conseguem utilizar (pros que me acham sexista: bite me!). Já foi comprovado cientificamente que nós, meninas, conseguimos prestar atenção nas coisas que acontecem ao nosso redor, sem precisar fixar a pupila no evento. E o mais incrível é que, mesmo munidos dessa informação, os homens caem e SEMPRE acham que a gente não tá olhando. Utilidade pública: estamos sempre olhando. 

** Essa é a nova música de trabalho do Mc Créu. Mas não é o rei do trocadilho? É, meu amigo, tem quem considere esse cara um artista e, quem se recusa a isso, no mínimo, é obrigado a considerá-lo rico. O que já dói bastante. Ainda não escutei efetivamente a canção (é o máximo da resistência que eu consigo, embora tenha tido certo dó de escrever essas palavras), mas meu estagiário passa o dia inteiro cantando essa merda. Não sei como é o resto, mas suspeito que sequer exista e desconfio que esse FDP ainda vai ganhar um disco de platina (em tempos de download free e pirataria) com essa frase infame. Vamos sentar num canto e chorar.  

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

contiúdo

Cês sabem que às vezes me dá um pingo de remorso por causa da total ausência de informações relevantes no nosso guichê. Mas passa rápido, óbvio. E eu sempre volto a postar bobagens. Isso acontece porque eu sou movida por algumas definições muito simples a respeito do papel social desse blog. 

1) Problemas nós já temos muitos na vida real. Aqui, a gente descobre que algumas pessoas, como a Carol Miranda e o Agnaldo Timóteo, têm problemas muito piores e, no caso deles, irremediáveis, visto que são arbitrários.

2) Ninguém vem aqui pra pensar na vida e refletir sobre a existência. E, se é o objetivo de alguém, eu só posso dizer "BITE ME!". Porque, né?, vamos escolher melhor nossas fontes de sentido da vida e transcendentalização. 

3) Eu sei que deve angustiar algumas pessoas a quantidade absurda de bobagem que eu acho na internet diariamente, mas pensem positivo: eu to filtrando pra vocês. Aí em vez de vocês se sentirem mal por lerem o EGO, vocês simplesmente dão uma lida marota no blog de uma amiga (na parceria) e se livram da tachação de superficiais ao mesmo tempo em que tomam a dose diária notícias irrelevantes. Coisa que todo mundo precisa pra sobreviver ao tédio do dia-a-dia. 

4) Eu escreveria o item quatro, mas a quantitade absurda de bobagem que eu acho na internet diariamente tem atrofiado meu cérebro. Opa, tá aí o item quatro! Repitam diante do computador agora, com fé: antes ela do que eu!


Então essas colocações surgiram porque eu tive uma breve crise de consciência ao me atinar sobre O QUE estava lendo ontem à tarde. Ri. Ri muito. Decidi compartilhar com vocês, mas fiquei com vergonha. Vocês acharam que isso não era possível? Eu também. Mas aconteceu. Eu fui atingida pela auto-crítica, processem-me. Mas aí hoje eu não resisti e entrei de novo no portal mais escroto da rede mundial de computadores, porque é mais forte do que eu, e reconheci a continuidade do tema. Aí pensei:

Por que postá-lo? Por que não postá-lo? Postarei!
(sim, eu plagio bordões sem graça nenhuma)

Essa notícia estava na CAPA do globo.com ontem. 

Hoje, o destaque era essa matéria aqui.

E minha consciência nunca esteve tão tranquila, sapurquê? People, a gente ainda não precisa trabalhar no EGO. Vamos tentar manter esse quadro positivo. Esse é o item cinco. 

Reflitam. 


Update: o pessoal do TDUD? (esses eu respeito), fizeram uma matéria sob outra perspectiva. heh

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

descoberta do dia

Os Maias determinaram o Ano da Tormenta Elétrica, mas acabo de descobrir que uma única representante da espécie controla o clima de Porto Alegre. Podem descontar em mim daqui pra frente, a esquizofrenia é culpa minha. Sim, eu fiz chover hoje. Mas foi totalmente sem querer. Serei mais cautelosa. 

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

poltergeist

Assim como a minha cabeça é um recanto de aloprações individuais, a minha casa é o paraíso da alucinação coletiva. Toda vez tem algum fenômeno sobrenatural acontecendo no meu apartamento e o atual é muito massa. Ch-ch-check it out!

Volta e meia a gente olha pro visor do telefone (que tem identificador de chamadas) e ali aparecem vários 6s digitados. Assim mesmo, uma sequência de 666, o número da besta. Um achava que era o outro de palhaçada e foi deixando passar até que hoje, ao meio-dia, descobrimos que não era brincadeira de ninguém. Foi um momento de honestidade e cumplicidade familiar direcionado ao bem do grupo. Aí eu fui fazer testes, pra ver se o botão do 6 não tava travado. Mas não faz sentido, porque mesmo se a gente senta o dedo naquela p#%$&a, só um 6 aparece no visor e não vários, como tem acontecido. Ou seja, seria preciso apertar muitas vezes o 6 para que o número se repetisse. Só que hoje o fenômeno ocorreu ao meio-dia, com todo mundo em casa e não nas madrugadas, como de costume...

Às vezes eu penso que é o demo himself me mandando recados do tipo "pára de me comparar com palhaços, palhaça!". Acho que ele deveria ser mais específico. Fica a dica. 


(entra a trilha do arquivo X)


Outro famoso evento fantasmagórico que acontecia muito lá em casa eram os chinelinhos. Ainda me pergunto pra onde foram... O fenômeno consistia no barulho de passos com chinelinhos de dormir passando pra lá e pra cá no corredor no meio da madrugada. Tipo, eu meio que tava totalmente habituada com os chinelinhos. No fim das contas, sempre concluo que é coisa da minha cabeça maluca e eu to sempre imaginando tanta bizarrice mesmo que uma a mais ou a menos não faz diferença. E minha família é toda igual a mim, portanto não seria nem coincidência todo mundo imaginar a mesma coisa. A questão é que certa noite uma das minhas comparsas da adolescência foi "dormir" lá em casa só pra poder aprontar. Eu, vencida pelo sono, me recolhi aos meus aposentos e deixei ela vendo TV na sala até chegar a carona. Foi aí que os chinelinhos entraram em ação. No dia seguinte, veio ela me contar que tava ali, waiting for a friend, quando alguém começou a se aproximar. Juraaaando que era minha mami, ela já começou a pensar em mil desculpas pra estar sozinha, na sala, toda aprumada no meio da madruga. Aí os chinelinhos vinham, vinham, vinham e nada! Segundo ela, parecia que os chinelinhos tinham sido barrados entrada da sala, mas continuaram andando sem sair do lugar durante algum tempo até desistirem e fazer meia-volta, desaparecendo em algum lugar. Detalhe: eu jamais tinha falado dos chinelinhos pra ela. Ou mesmo entre nós, os malucos, nunca tínhamos comentado um com outro. Tipo, todos guardávamos pra nós mesmos o mistério dos passinhos noturnos. Mas a partir daí, foi necessário que encarássemos a realidade (ou não).

Depois do ocorrido, a mocinha em questão ainda quis garantir que não era a minha mãe mesmo e, no desespero, comprou a idéia dos chinelos do além, que certamente lhe causariam menos problemas do que um telefonema entre progenitoras, não é mesmo?

A seguir, mais fenômenos sobrenaturais do meu lar. 

BITE ME, Padre Quevedo!

mais um link

Duas pessoas me enviaram esse endereço virtual no mesmo dia. Isso é pra provar que a infâmia e eu estamos assim ó (expressão corporal que consiste na união dos indicadores e posterior fricção de um no outro, convém dar uma arqueada nos ombros como recurso lúdico). 

Nem comentarei porque meio que é impossível dizer alguma coisa depois disso. Ofuscaria todo meu brilho. hehe



P.S.: agradeço a Manu e Camila. ;)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

selinho

Hoje certamente receberei muitos links do estilo "lembrei-me de ti" e isso me deixa muito, muito contente. O primeiro veio da Gabi, que lembrou de mim ao ver relevante reportagem sobre o selinho de Carol Miranda. Relembraram? Pois vejam isso

Oh yeah! Tão oferecendo meio milhão de reais (entonação SS) pra tirar o cabaço de Carol (com o perdão da expressão chula, mas tenho que considerar o contexto) em um filme pornô. Antes, claro, eles querem confirmar a legitimidade da virgindade da moça. Até aí ok, não me surpreende. O estranho mesmo é a mina considerar a possibilidade. E ela quer escolher o ator porque, né?, morre de medo da primeira vez, ainda mais com todo mundo olhando. Qual será o critério de escolha da moça? E os argumentos? Será que ela não pode fazer isso no Superpop? Ia ser tãaaao divertido. Ou quem sabe um reality show só pra decidir quem vai deflorá-la diante de toda a equipe de produção do pornozão? São muitas questões, infinitas possibilidades...

Por fim, quero oferecer meu sincero pesar ao colega de trabalho de Carol que, romântico, foi a público dizer que seu sonho era desbravá-la. É, amigo, humilhação se paga com humilhação, não é mesmo? 

Agora fica a dúvida: seria essa a vingança de Carol Miranda? Não sei se faz algum sentido mas, enfim, toda essa história já tá bem além da minha compreensão faz tempo. Acompanhemos o desenrolar. 

Rá! Enchente!

Confesso que por essa eu não esperava. (Nota mental: nunca desafiar seres celestiais)

Mas, ok, é em clima de sessão da tarde (quem salvará nossos filhos?) que o dia irá correr. Boa sorte pra mim e pra vocês. 

*

Ah! Ontem o Diego me tranquilizou, dizendo que esse clima maluco tem um propósito. Na verdade, estávamos sendo pasteurizados. Achei ótimo, isso significa que duraremos mais e estamos ficando livres de impurezas. Só que meio que me perdi no processo agora, com a precipitação. Seria um teste do inmetro? 

Bom, acho que o lance é manter as perspectivas baixas mesmo. Embora saiba que se habituar a esse constante processo de aquecimento, refrigeração e despressurização possa nos garantir o selo de produto longa-vida, tal qual o leite, a meta hoje é só chegar até amanhã. Baby steps. 

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

esquizofrenia meteorológica

Essa gloriosa época do ano, na qual o mundo teve a honra de me receber, é a campeã de insanidade climática em Porto Alegre. Nas fotenhas dos meus aniversários de infância chega a ser gritante o contraste. Em algumas imagens tá a criançada ostentando com orgulho a manga curta (cara, manga curta era tudo pra mim na infância e acho que pra maioria das crianças também) e as bochechas coradas. Muitas vezes o grupinho tava todo sujinho, suado, depois de correr que nem louco, jogar futebol ou quase se matar com a famigerada brincadeira dos balões. Sim, pra mim, irmão e primos, a coisa mais legal de aniversário - além dos presentes, claro - era amarrar um monte de balão no tornozelo e sair tentando estourar o dos outros pisoteando, ao mesmo tempo em que tentava salvar os próprios balões. Acho que isso tinha em algum Passa ou Repassa da vida. O nosso diferencial, como sempre, era a violência. Porque a gente nem se importava de ter os preciosos balões estourados, contanto que conseguisse pisotear com toda a força o pé de um desafeto e, assim, se vingar de um ano inteiro de encheção de saco. 

Claro que eu perdi o fio da meada no delírio das lembranças. Mas, né?, unidade temática é para os fracos. 

Retomando: enquanto em algumas fotos a gente parecia a turma do Chaves em Acapulco (às vezes nem era tãaao quente, mas era o prenúncio do verão e a primeira e emocionante manga curta do ano), em outras, de outros anos, eu to abarrotada de casaco (e deus sabe como a minha mãe é capaz de transformar uma criança num amontoado de lã que mal se locomove direito), pronta pruma excursão ao Alasca. 

Nem o aquecimento global é capaz de acabar com essa tradição de tempo surpresa no meu aniversário. Se em menos 24 horas, de ontem pra hoje, eu fui do modo Senegal ao Sibéria em termos de indumentária, nada vai me surpreender amanhã. Nem nevasca, nem ciclone, nem um aumento vertiginoso na temperatura causada pela aproximação de um meteoro. Porém, a partir de agora vou procurar um padrão. No ano retrasado fez um frio do ca$%¨¨lho, já ano passado era verão, uma agradável noite de verão (suspiro). 

Só vou deixar um recadinho, apesar de estar emocionalmente preparada pra qualquer coisa:

Pô, São Pedro, não fode!

Grata. 

ilustração retroativa


Agora que tá tudo dominado pelo gooooogle, vou aproveitar e ilustrar didaticamente os últimos temas discutidos na repartição. 



Confesso que nem pensei se tinha falado sobre palhaços ou não. Mas com a alta probabilidade de 99,9% de eu ter citado um demônio desses nos últimos tempos (e se não falei, pensei), achei justo manter alinha editorial. Esse é trash. 




Seguindo no ramo do terrorismo emocional infanto-juvenil, estão aí as adoráveis, sanguinárias e fanáticas crianças de Children of the Corn. Ou Colheita Maldita, na versão brasileira Marshmellow (pior nome).  A foto é uma merda (e o filme também), mas não é sempre que um bando de piá mata uma cidade inteira e se mantém durante anos comendo milho adubado com sangue. Merecem a lembrança. 


Esses sim me apavoraram de verdadinha. Acho que eu vi umas 15 vezes esse filme na mesma semana, quando era pirralha. Fiquei realmente interessada na trajetória dessa turminha do barulho. Já contei a história, néam? Duvido que alguém tenha se dado o trabalho de passar essa pérola pra DVD, e olha que tem gente desocupada nesse mundo (tipo os falsificadores de moedas de um real. Não os esqueci). De qualquer forma, queria muito rever A Cidade dos Amaldiçoados. Ou rolarei de rir, ou ressucitarei algum trauma. Aguardemos. 



Glamourosa que só ela, aí está Sabrina e seus boing boings. É óbvio que pouco me importa a função social dessa bisca. Ainda nem me dei o trabalho de perguntar ao oráculo se ela é atriz pornô, ex-chacrete, rainha de bateria ou simplesmente existe e tem uma pá de silicone em cada boing - se ultimamente tem bastado associar uma parte do corpo a uma fruta pra ficar famoso, por que não a uma onomatopéia? Olha, até não tentarei descobrir o talento da moça pra não correr riscos e não me decepcionar. Afinal, Sabrina Boing Boing é a minha última esperança de musa da repartição pra desbancar o déspota R*f**l V*n*cc* Pelado. 



Essa vaca está em depressão. Ela olha pro céu e pergunta, desolada: WHY!? WHY!? O motivo é que os bovinos estão em baixa por aqui desde que a famigerada piada da ovelha gerou algumas considerações sobre a suposta superioridade ovina. Ainda assim, me sinto na obriga de dizer, pra vaca e pra todos vocês, que desde as MOUGE, esses belos mamíferos moram no meu coração. 



Aprendam com a ovelha. Ok que eu defenderei as vaquinhas até o fim, mas pára, olha e reflete: sente o ar de superioridade com que a ovelhinha fita o horizonte. Nada a atinge, ela contempla o futuro e guarda o passado glorioso na memória. Ela sabe do que é capaz, ela tem orgulho de quem é. Com o olhar sereno e um sorriso sutil e constante, a ovelha afirma: vim, vi e venci. Um exemplo de vida, com certeza. 

eu coração oráculo

Baixei o google chrome na firma, com a ajuda do meu chefe. Alertei ele que agora é que eu não trabalho meeeerrrmo. Só pra vocês terem noção do milagre: aqui no pense bem não rolava youtube, agora tá que é uma beleza. E outra, sinto que meus botões de editar fonte, fazer link e colocar imagem não sumirão novamente. Sério, to muito contente. Agora dá licença que eu vou catar imagens aleatórias e enfeitar o guichê. Post icônico a caminho. Adoooouro!