quinta-feira, 24 de abril de 2008
quarta-feira, 23 de abril de 2008
não acredito em democracia
Então com dois votos definitivos daqueles que são Luiz/s, Beat it foi a escolhida do Michael pra concorrer com Elvis e Bowie na fase 2 das nossas eliminatórias. Mas como eu acordei meio totalitária hoje, to afim de baixar o Silvio Santos no comando da Casa dos Artistas e decidir que ninguém será elim.. digo, que todos serão eliminados e Beat it vai passar pra próxima fase sem nem disputar as semi-finais. Alguém se opõe? Que pena, então.
Acho que Beat it, a ORIGINAL, merece ganhar essa parada porque escutei uma versão nova, emo e esganiçada, esses dias que me fez corar as faces de vergonha alheia. Alguém sabe quem é o infeliz responsável pela atrocidade?
Acho que Beat it, a ORIGINAL, merece ganhar essa parada porque escutei uma versão nova, emo e esganiçada, esses dias que me fez corar as faces de vergonha alheia. Alguém sabe quem é o infeliz responsável pela atrocidade?
terça-feira, 22 de abril de 2008
update relâmpago!
Passei mal, muito mal mesmo com esse vídeo, que é do mesmo diretor do anterior e que, aliás, também é responsável por esse outro aqui.
E, olha, não sei quem é esse cara - e nem mesmo se é de fato um cara ou uma mina, ou dois caras ou uma galera, enfim - mas virei muito, muito fã mesmo. Nem to conseguindo articular as idéias com clareza porque ainda me escorrem lágrimas e me recupero de uma cãibra abdominal causada por surtos psicóticos de riso. Assistam AGORA!
E, olha, não sei quem é esse cara - e nem mesmo se é de fato um cara ou uma mina, ou dois caras ou uma galera, enfim - mas virei muito, muito fã mesmo. Nem to conseguindo articular as idéias com clareza porque ainda me escorrem lágrimas e me recupero de uma cãibra abdominal causada por surtos psicóticos de riso. Assistam AGORA!
quarta-feira, 16 de abril de 2008
enquete! parte dois: violência gratuita
Agora que nos livramos das amarras do bloqueio cibernético, podemos retomar a nossa fabulosa enquete musical. O quê? Vocês acharam que a decisão já estava tomada? Santa inocência. Nossas eliminatórias são mais confusas que as eleições presidenciais norte-americanas. Ah, e lembrem-se que a Flórida soy yo!
Dando continuidade à seleção musical graduativa, vamos manter os musos desclassificados Bowie e Elvis e encontraremos um substituto para o amigo Freddie, que já passou pelas prévias e agora está classificado pra alguma coisa que logo saberemos exatamente do que se trata, enfim. O tema dessa etapa é: canções com um bom impacto sonoro emocionante (berros, gritos, agudos de doer os tímpanos, vogais estendidas no gugu style) e que tenham algum tipo de relação com a minha personalidade ... ahhnnn ... um pouco violenta.
Dando continuidade à seleção musical graduativa, vamos manter os musos desclassificados Bowie e Elvis e encontraremos um substituto para o amigo Freddie, que já passou pelas prévias e agora está classificado pra alguma coisa que logo saberemos exatamente do que se trata, enfim. O tema dessa etapa é: canções com um bom impacto sonoro emocionante (berros, gritos, agudos de doer os tímpanos, vogais estendidas no gugu style) e que tenham algum tipo de relação com a minha personalidade ... ahhnnn ... um pouco violenta.
Então léts...
David Bowie chega já na quebrando tudo querendo saber qualé que é dessa Life on Mars – se houver, eu quero –, falando de pancadaria generalizada e mandando seu agudíssimo Saaaaaaaaaaaaaaaaaailorsss fighting in the dance haaaaaall
É concorrente forte, afinal, minha formatura obviamente será the freakiest show.
Elvis Presley concorre com uma canção que é trilha sonora de Balada Sangrenta (wow). Enquanto canta Trouble, desaforado que só, Elvis rebola em cima do balcão do bar, encarando seu desafeto: I’m eeeeeeeeeeeeevil! Eeeeeeeeeeevil! So don’t you mess around with me!
Pra concorrer com essa gente adepta do ultraviolence, o paradoxo Michael Jackson. Apesar de se movimentar just like a lady, Michael sempre fez questão de dizer que era barra pesada. Aliás, ele bateu tanto na mesma tecla que eu to na dúvida, ajudem-me. Não sei se coloco pra concorrer:
a) Bad:
I’m baaaaaaad. I’m bad. You know me. I’m bad.
And the whole world has to answer right now
Just to tell you once again who's bad
OU
b) Beat it:
OU
b) Beat it:
You better run, you better do what you can
Don't wanna see no blood, don't be a macho man
Just beeeaaat it, beeeeaaat it, beeeeeeeeeaat it, beeeat it!!
Se eu já fico em dúvida sobre qual letra é mais macha, quando vejo os clipes, então, aí fode tudo. Porque, né?, Michael tá aí na atividade representando a galera do mal. Com ele não tem brincadeira, não. Chuck Norris e Jack Bauer pagam mó pau pra ele (sem trocadilhos infames, por favor).
Se eu já fico em dúvida sobre qual letra é mais macha, quando vejo os clipes, então, aí fode tudo. Porque, né?, Michael tá aí na atividade representando a galera do mal. Com ele não tem brincadeira, não. Chuck Norris e Jack Bauer pagam mó pau pra ele (sem trocadilhos infames, por favor).
.
Bem, quanto à fotinho: ao contrário de Freddie, a mugshot de Michael é moleza de achar. Como todo cara durão, Jackson já esteve atrás das grades. Mas em respeito ao irrepreensível senso estético deste blog resolvi postar uma foto mais de acordo com o tema. E também aproveito pra matar a saudade dos áureos tempos – que não voltam mais – do Michael Jackson semi-negão.
.
- É o senhor, tio!
Então bora escolher uma das duas do Michael para que depois eu ative o Antigo Hans e a enquete fique ali no topo, no cantinho da democracia.
E não sintam-se intimidados por essa gangue! Hoje em dia estão todos vivendo em pacíficos lares para a terceira idade.
uia!
opa! opa! opa!
domingo, 13 de abril de 2008
pausa dramática
Esse título semi-emo parece muito de acordo com nossa situação atual, ahn? Depois de alguns dias de férias forçadas, pequeno répti está retornando das trevas e confessa que já não se aguentava mais de vontade de falar m¨*&%$ e dividir com a clientela. Pois bem, por poético que seja, a pausa dramática que nomeia esse post nada tem a ver com esses dias de abandono do guichê, é mera coincidência. Juro.
O caso é que sócia e eu falávamos esses dias sobre demissão, assunto que me lembrou de O Aprendiz, tema que evocou Donald Trump, que (adivinha?) levou a Roberto Justus. Ou teria sido o contrário? Bem, o fato é que todo reality show tem seu bordão, né? No caso do supracitado, tanto na versão ianque quanto nacional, o lance é:
Trump:
- You're ... (suspense, olhar penetrante)... FIREEED!
Tá, to inventando, eu nunca vi a versão original. Mas pra saber como funciona o original de qualquer reality show plagiado toscamente no Brasil é só destraduzir (?) e fazer a adaptação (cof) cultural, não é?
A Roberto Justus, por exemplo, na adaptação SAP da suposta pausa dramática de Trump, só resta dar uma ajeitada no topete, visto que a quantidade de botox não o permite expressar muito mais do que Cigano Igor naqueles instantes de tensão nos quais o participante nem sequer imagina o que está por ouvir. Funciona assim:
Justus:
- Você está ... (outra espécie de suspense (1)) ... Dê-mitido!!!!
Sério? Será que alguém fica tenso, na dúvida, curioso com uma pausa mal colocada e desnecessária dessas? Porque a não ser que ele diga "Você está.... no Candid Camera!!!" nada mais poderia ser, né? Mas bonito mesmo seria uma jogada ousada de Justus: "Você está...(sorrisinho no canto da boca, esforço sobrenatural para isso, escorre uma lágrima) convidado pra ir para Ilha de Caras com Ticiane, minha sogra e eu!".
E no decorrer desse delírio todo acabei lembrando que a única pausa dramática cortando bordão (2) que realmente sempre me deixava muito angustiada (vejam só!) era proferida por Gugu Fuckin' Liberato diariamente nas tardes (3) do SBT. Ninguém ficava curioso quando ele engatava a primeira numa vogal só depois que os participantes respondiam às perguntas no falecido Passa ou Repassa?
A resposta está EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE (segue rumo ao infinito...até que...) ... ZÁTA!!
Ou ainda:
A resposta está (pausa dramática deslocada, efeito redobrado) EÊEEE (silêncio maroto) ... EEEE.. (opa! de novo) ... EEE (seria agora?) . EE . (de sopetão) RRRAADAA!!!
Ai, meu coração. OK, eram raros os momentos em que nós, mesmo com seis anos de idade, sabíamos menos que os estudantes de Limeira ou do ABC Paulista (com todo o respeito) que participavam do programa. Mas às vezes Gugu pegava pesado no pega-ratão.
Aí antes de começarem as fuckin' aulas eu perdia my precious tempo assistindo ao American Idol, só de saudade do Ídolos nacional, que era muito mais malemolente. O host (arfe ao pronunciar) Ryan Seacrest, que deve ser mania nacional nos esteites de tão chato que é, tem também seu bordão, que aprimora a cada dia. No ritmo que vai, na próxima temporada vai rolar um Borat Style e ele vai dizer PAUSE! no meio da frase de efeito. É mais ou menos assim: ele engrossa a voz, finge que é bem macho, faz o olhar 43 (43 mesmo, just like Paul Richard), encara a câmera e lança:
This... (a América pára e aguarda, ansiosa, mão direita no peito) ... is Ameeeerican Idol!!! (mil adolescentes desmaiam, umas 400 tias ensaiam um semi-orgasmo, uma das cordas vocais de Ryan se rompe). Entra a vinheta.
Aí eu pergunto: Jura? Achei que fosse Queer Eye for The Straight Guy...
....
(1) Quanto tempo ele consegue ficar sem piscar? Se ele abrir muito a boca ele se rasga todo? Wow, aquilo ali parece... borracha?
(2) Essa é uma categoria muito específica, notem. Afinal, drama mesmo na TV só Serginho Mallandro sabe fazer. Pra Porta dos Desesperados não há concorrentes.
(3) Nas tardes, nas manhãs, madrugadas, apenas fins de semana, apenas dias ímpares, apenas dias santos... Tudo alternadamente. A lógica da grade de horários do SBT sempre foi um grande mistério.
O caso é que sócia e eu falávamos esses dias sobre demissão, assunto que me lembrou de O Aprendiz, tema que evocou Donald Trump, que (adivinha?) levou a Roberto Justus. Ou teria sido o contrário? Bem, o fato é que todo reality show tem seu bordão, né? No caso do supracitado, tanto na versão ianque quanto nacional, o lance é:
Trump:
- You're ... (suspense, olhar penetrante)... FIREEED!
Tá, to inventando, eu nunca vi a versão original. Mas pra saber como funciona o original de qualquer reality show plagiado toscamente no Brasil é só destraduzir (?) e fazer a adaptação (cof) cultural, não é?
A Roberto Justus, por exemplo, na adaptação SAP da suposta pausa dramática de Trump, só resta dar uma ajeitada no topete, visto que a quantidade de botox não o permite expressar muito mais do que Cigano Igor naqueles instantes de tensão nos quais o participante nem sequer imagina o que está por ouvir. Funciona assim:
Justus:
- Você está ... (outra espécie de suspense (1)) ... Dê-mitido!!!!
Sério? Será que alguém fica tenso, na dúvida, curioso com uma pausa mal colocada e desnecessária dessas? Porque a não ser que ele diga "Você está.... no Candid Camera!!!" nada mais poderia ser, né? Mas bonito mesmo seria uma jogada ousada de Justus: "Você está...(sorrisinho no canto da boca, esforço sobrenatural para isso, escorre uma lágrima) convidado pra ir para Ilha de Caras com Ticiane, minha sogra e eu!".
E no decorrer desse delírio todo acabei lembrando que a única pausa dramática cortando bordão (2) que realmente sempre me deixava muito angustiada (vejam só!) era proferida por Gugu Fuckin' Liberato diariamente nas tardes (3) do SBT. Ninguém ficava curioso quando ele engatava a primeira numa vogal só depois que os participantes respondiam às perguntas no falecido Passa ou Repassa?
A resposta está EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE (segue rumo ao infinito...até que...) ... ZÁTA!!
Ou ainda:
A resposta está (pausa dramática deslocada, efeito redobrado) EÊEEE (silêncio maroto) ... EEEE.. (opa! de novo) ... EEE (seria agora?) . EE . (de sopetão) RRRAADAA!!!
Ai, meu coração. OK, eram raros os momentos em que nós, mesmo com seis anos de idade, sabíamos menos que os estudantes de Limeira ou do ABC Paulista (com todo o respeito) que participavam do programa. Mas às vezes Gugu pegava pesado no pega-ratão.
Aí antes de começarem as fuckin' aulas eu perdia my precious tempo assistindo ao American Idol, só de saudade do Ídolos nacional, que era muito mais malemolente. O host (arfe ao pronunciar) Ryan Seacrest, que deve ser mania nacional nos esteites de tão chato que é, tem também seu bordão, que aprimora a cada dia. No ritmo que vai, na próxima temporada vai rolar um Borat Style e ele vai dizer PAUSE! no meio da frase de efeito. É mais ou menos assim: ele engrossa a voz, finge que é bem macho, faz o olhar 43 (43 mesmo, just like Paul Richard), encara a câmera e lança:
This... (a América pára e aguarda, ansiosa, mão direita no peito) ... is Ameeeerican Idol!!! (mil adolescentes desmaiam, umas 400 tias ensaiam um semi-orgasmo, uma das cordas vocais de Ryan se rompe). Entra a vinheta.
Aí eu pergunto: Jura? Achei que fosse Queer Eye for The Straight Guy...
....
(1) Quanto tempo ele consegue ficar sem piscar? Se ele abrir muito a boca ele se rasga todo? Wow, aquilo ali parece... borracha?
(2) Essa é uma categoria muito específica, notem. Afinal, drama mesmo na TV só Serginho Mallandro sabe fazer. Pra Porta dos Desesperados não há concorrentes.
(3) Nas tardes, nas manhãs, madrugadas, apenas fins de semana, apenas dias ímpares, apenas dias santos... Tudo alternadamente. A lógica da grade de horários do SBT sempre foi um grande mistério.
terça-feira, 8 de abril de 2008
cimentolândia
Doravante, será referida como JOSELITOLÂNDIA no corpo de texto.
p.s.: antigo hans (a.k.a. octi), quando puder, tira a enquete do ladim ali fazfavor? gracias!
p.s.: antigo hans (a.k.a. octi), quando puder, tira a enquete do ladim ali fazfavor? gracias!
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Poesia no ônibus
Nada mais poético do que estar em um ônibus desumanamente lotado escutando uma música que diz:
There is something on your miiiiiind, by the way you look at me
E foi nessa vibe desaconselhavelmente hot é que adentrei num coletivo atrolhado de gente louca e desesperada no fim da tarde de ontem.
Posicionei-me da melhor maneira possível, tentando ignorar as encoxadas, empurrões, cacetadas que não poupavam ninguém, e abstraindo para um mundo melhor.
(And what you're thinking brings happinessssss)
Subitamente, um senhor se virou pra mim, me olhou profundamente e proferiu algumas palavras, em tom grave.
(Please, pleeeeease don't try to tell me
I think I, I understaaand)
Não escutei nada, claro, com o som no último volume, mas aquele climão todo (embora particular) me levou a imaginar muitas coisas.
As chances de alguém tentar marcar um date ou mandar uma cantada esperta num ônibus lotado parecem mínimas por diversos motivos. Um deles é simples: pra que conversar se tu até já conseguiu o encaixe e deu aquela conferida no material? Devemos lembrar, porém, que a filosofia do "relaxa e goza" tem sido muito propagada por aí e creio que todos concordam que é mais interessante/seguro que as pessoas passem a aproveitar a idéia no sentido produtivo da coisa - procurando o que há de melhor nos momentos difíceis - do que resolvam levar o relax e o gozo ao pé da letra.
Pois pensando nisso e em como atraio loucos por aí, tirei um dos fones de ouvido e perguntei, cautelosa:
- Oi???
Ele repetiu, da mesma forma plácida e segura:
- A gente vai virar sardinha.
Ok.
***
Ontem era o dia universal do ônibus lotado e ninguém me avisou, né? Porque depois de toda aquela sovação coletiva pela qual passei no love bus, acabei pegando um TUM (sempre ele) miraculosamente lotado pra ir à aula. Bem, como nós sabemos, esse horário costuma ser muito bem fornido de linhas e opções para os passageiros. Bem, alguma coisa deu errado e fomos parar todos (no sentido de 6 bilhões de pessoas humanas) no mesmo carro. Ainda bem que esse trecho é bastante curto e, geralmente, o menos detestável do meu dia. Quando consegui atravessar a massa enlouquecida, já tava na hora de descer. Thank god.
***
Aí quando eu estava achando que já tinha passado por tudo nessa vida de pedestre, meus amigos da carris me surpreenderam (sempre eles) novamente. Lá ia serelepe no horário de almoço, com o sapato que escorrega (de novo), quando entrei no meu ônibus das onze e trinta e seis de todo o santo dia e dei de cara com um chão en-sa-bo-a-do. Cês lembram da sensação de andar de freedom fog em dia de chuva? Sim, foi um festival de expressões de desamparo e de gente escorregando. Depois de passar ilesa pela roleta (muita cautela) fiquei só acompanhando os deslizes literais dos outros passageiros.
***
Vocês tão percebendo a evolução aí? Sabem qual é o próximo passo? Festa da espuma no busão lotado. Sério, baile funk é para os fracos.
Diz aí como é que se faz, dona Etta!
You just pack your clothes, turn around and slowly walk out of the door.
*
P.S.: agradecimento especial a octi (antigo hans) que sempre quebra os protocolos da repartição para que as coisas funcionem melhor.
There is something on your miiiiiind, by the way you look at me
E foi nessa vibe desaconselhavelmente hot é que adentrei num coletivo atrolhado de gente louca e desesperada no fim da tarde de ontem.
Posicionei-me da melhor maneira possível, tentando ignorar as encoxadas, empurrões, cacetadas que não poupavam ninguém, e abstraindo para um mundo melhor.
(And what you're thinking brings happinessssss)
Subitamente, um senhor se virou pra mim, me olhou profundamente e proferiu algumas palavras, em tom grave.
(Please, pleeeeease don't try to tell me
I think I, I understaaand)
Não escutei nada, claro, com o som no último volume, mas aquele climão todo (embora particular) me levou a imaginar muitas coisas.
As chances de alguém tentar marcar um date ou mandar uma cantada esperta num ônibus lotado parecem mínimas por diversos motivos. Um deles é simples: pra que conversar se tu até já conseguiu o encaixe e deu aquela conferida no material? Devemos lembrar, porém, que a filosofia do "relaxa e goza" tem sido muito propagada por aí e creio que todos concordam que é mais interessante/seguro que as pessoas passem a aproveitar a idéia no sentido produtivo da coisa - procurando o que há de melhor nos momentos difíceis - do que resolvam levar o relax e o gozo ao pé da letra.
Pois pensando nisso e em como atraio loucos por aí, tirei um dos fones de ouvido e perguntei, cautelosa:
- Oi???
Ele repetiu, da mesma forma plácida e segura:
- A gente vai virar sardinha.
Ok.
***
Ontem era o dia universal do ônibus lotado e ninguém me avisou, né? Porque depois de toda aquela sovação coletiva pela qual passei no love bus, acabei pegando um TUM (sempre ele) miraculosamente lotado pra ir à aula. Bem, como nós sabemos, esse horário costuma ser muito bem fornido de linhas e opções para os passageiros. Bem, alguma coisa deu errado e fomos parar todos (no sentido de 6 bilhões de pessoas humanas) no mesmo carro. Ainda bem que esse trecho é bastante curto e, geralmente, o menos detestável do meu dia. Quando consegui atravessar a massa enlouquecida, já tava na hora de descer. Thank god.
***
Aí quando eu estava achando que já tinha passado por tudo nessa vida de pedestre, meus amigos da carris me surpreenderam (sempre eles) novamente. Lá ia serelepe no horário de almoço, com o sapato que escorrega (de novo), quando entrei no meu ônibus das onze e trinta e seis de todo o santo dia e dei de cara com um chão en-sa-bo-a-do. Cês lembram da sensação de andar de freedom fog em dia de chuva? Sim, foi um festival de expressões de desamparo e de gente escorregando. Depois de passar ilesa pela roleta (muita cautela) fiquei só acompanhando os deslizes literais dos outros passageiros.
***
Vocês tão percebendo a evolução aí? Sabem qual é o próximo passo? Festa da espuma no busão lotado. Sério, baile funk é para os fracos.
Diz aí como é que se faz, dona Etta!
You just pack your clothes, turn around and slowly walk out of the door.
*
P.S.: agradecimento especial a octi (antigo hans) que sempre quebra os protocolos da repartição para que as coisas funcionem melhor.
terça-feira, 1 de abril de 2008
pegadinha do mallandro
Tá armando mó tempestade lá fora, eu sem guarda-chuva, com o sapato que escorrega e bolsa de pano com livro dentro. Mas nem me preocupo, na real, to só esperando o céu se abrir de repente e São Pedro surgir, bonezinho virado pra trás, berrando:
Porque, né?, primeiro de abril e tals.
E São Pedro é um santo maroto.
Porque, né?, primeiro de abril e tals.
E São Pedro é um santo maroto.
aaaaaarggghhh
Não tem coisa MAIS IRRITANTE do que estar tendo um belo momento de inspiração acadêmica e o telefone tocar. Aí tu atende e a voz do outro lado joooorrraaa liiiitros de água de burocracia nas tuas orelhas e então teu cérebro inunda de uma substância pegajosa conhecida como taedium essere e, de repente, tu não tem mais a menor condição de ser espertinho novamente. Aliás, acho que doses pontuais e diárias desse tipo breve e instantâneo de tortura psicológica pode tornar o processo irreversível.
Ooohhhh my god!
(o nome disso é amargura)
Ooohhhh my god!
(o nome disso é amargura)
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