segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

domingo

Ontem levei a Clara na redenção. Sério, foi muito fantástico. Apesar de ela ser uma frequentadora assídua da pracinha mais hypada do bairro e de já ter dado umas bandas no marinha, nada se compara com o tumulto que é o brique no domingo de manhã. Ela não sabia nem pra que lado olhava primeiro, ria sozinha no seu carrinho envenenado. Coisa mais querida. Claro, no meio do passeio ela deu uma bela duma cochilada. Bebês sempre dormem depois de um momento too much information, acho que é pra dar uma reiniciada no sistema e não dar tilt. E agora que ela aprendeu a abanar - e faz isso de forma que um missólogo* ficaria orgulhoso - faz o maior sucesso no meio do povo. Só que o tchau ela associou a somente com "ir embora" (parece meio evidente, eu sei, mas, né?, a gente usa o aceno pra ir e pra chegar**). Então quando ela não quer a presença de alguma coisa (seja pessoa ou objeto inanimado), fica dando tchauzinho pra ver se o lance sai de perto dela. Aí, embora ela goste de VER pessoas, me parece que ela prefere manter um certo distanciamento, sem dar muitas intimidades pra estranhos. Por isso fica mandando todo mundo embora. Resumindo: minha filha, né?

Aí mais tarde, tava reprisando na warner pela enésima vez o episódio de The Big Bang Theory que eu linkei ali embaixo. Na cena em que a Penny canta Soft Kitty pro Sheldon, a Clara parou, pensou e olhou pra todas as bocas femininas presentes pra ver quem tava cantando. Vendo todo mundo (milagrosamente) de boca fechada, virou pra TV e ficou assistindo, super compenetrada. Quando acabou a cena, começou a bater suas pré-palmas*** e sorrir toda contentona. Óouuunn! Coisa mais redonda!






*UM missólogo, literalmente. Meu grupo entrevistou o tal único missólogo brasileiro (ou é da galáxia?) prum trabalho de rádio na faculdade certa vez. Cá estava eu, atrás do guichê, mas lamento muito não ter participado. Diz que o cara é tudo que a gente imagina que um missólogo possa ser. Tipo, o vácuo em pessoa.

** Olha a louca com síndrome de EDUCADORA. Viu, pessoal? A gente usa o aceno em diversas situações. Espero ter ajudado com todo o meu conhecimento. ¬¬

*** Ela ainda não sabe bater palmas propriamente ditas. Na real, o problema consiste no bater. Por enquanto, ela junta as mãozinhas e balança pra cima e pra baixo. Tipo uma versão marreta biônica do martela o martelão do bonde do tigrão (eu sei que é difícil acreditar, mas eu realmente me impressiono comigo mesma quando escrevo lances como esse. são um horror de absurdas as referências que me vêm pra explicar as coisas).

Um comentário:

Ana Laura disse...

óimmmm! não deixa o missólogo das galáxias chegar perto da clarinha! ele vai querer passar a faca nas dobrinhas dela!
queria lembrar de mais momentos daquela entrevista. se tu estivesses lá, minha memória dos anos de fabico, ainda lembrarias de cada momento de sabedoria. eu só consigo lembrar da preocupação da "escola" dele com a cultura das misses: assinava revistas...