sábado, 21 de junho de 2008

laços de família

E eu que ontem, sedenta de futilidade, comecei a zapear loucamente em busca de um programa beeem besta pra assistir enquanto degustava meu miojão até dar de cara o Superpop, porgrama da genial Luciana Gimenez. Não tive dúvidas, esse era o canal (nos dois sentidos). Não sei como é que funciona a lógica da programação do Superpop, mas se for sempre assim como eu vi ontem, aproveito pra dizer que quero apresentar um lance ignóbil desses também e ficar rica tal qual Luciana - embora saiba que boa parte da fortuna é proveniente do golpe que ela aplicou no véio Mick - sem fazer qualquer esforço. A atração do dia era a mais nova estrela do funk, sobrinha de Gretchen (visionária) e que acaba de herdar da titia o título de rainha do bumbum. A moça rebola ao som de Baba Cachorrão, interpretada por ela mesma, juntamente com um mano pum cuja cara não enxerguei, devido às inúmeras sobreposições de boné, capuz, óculos escuros, gola rulê, medalhões, correntes e brincos. Deve ser fugitivo ou estar em prisão domiciliar, vai saber. Só sei que o moço disfarçava o fato de estar disfarçado.

A propósito, isso é algo de que sempre me orgulhei em saber - desde pirralha, quando assistia o Clube do Bolinha na casa da minha vó - e costuma surpreender as pessoas, embora seja notícia velha: vocês sabiam que Gretchen é irmã da perspicaz Sula Miranda? E que Roberta Miranda não é da família? Sabiam? Du-vi-do. Mas eu sabia, desde criança, mó orgulho.




Pois bem, explicitados os laços de família, devo dizer que se chamava Carol Miranda a entrevistada de Gimenez. E, meu, a guria era (com todo respeito) tão burra, mas tão tapada que fez a toupeira da apresentadora parecer um poço de sabedoria. Juro. Escutando o papo cabeça das duas eu pensava: "Nossa, tadinha, não entende nada, que vergonha", "ufa, ainda bem que a Luciana foi esperta e aliviou a situação". Agora, me digam, em que lugar do planeta, se não no seu próprio programa de futilidades, Luciana Gimenez seria considerada esperta (ótima tática, aliás)? Em que outro momento, se não o que me encontro, diria "ainda bem" pra qualquer coisa dita por essa mulher? Aí eu pergunto: devo ter pena de quem? de mim, de Luciana, ou da pobre Carol Miranda?

Em princípio, de mim, claro, comendo miojo e assistindo Superpop. Mas acompanhe o desenrolar dos fatos. Carol estava lá para falar sobre a polêmica (oi? nem sabia! e olha que eu leio o Ego!) envolvendo ela e a famigerada Mulher Melancia.

NOOOO! Sempre ela! Sério, essa mulher/fruta/ogra me persegue. Eu evito ao máximo falar dessa criatura porque, né?, eu perco a razão. Fico irritada mesmo. E como as periguetes do orkut já me ensinaram que a "sua inveja faz a minha fama" eu passei a evitar falar sobre este tema para não ficar divulgando de graça essa moça e sua bunda descomunal. Mas a inocente Carol não entra no orkut ou não aprendeu nada com suas amigas funkeiras porque, vejam só, ela era a atração do programa, a Melancia (foi o que disse Gimenez) se recusa a participar do Superpop, mas só do que se falou foi da musa do créu (ugh!) o programa in-tei-ro. A pobre Carol Miranda não aprendeu nada com a tia (meu deus, teria ela aprendido alguma coisa nessa vida?), e acabou ficando constrangida o tempo todo e só pode imitar a própria Melancia pra se defender, dançando aquela coreografia cheia de classe que lhe deixou famosa. Não bastasse tamanha humilhação, desconsiderando, claro, o fato pouco digno de ela ser uma entre as 150 musas do funk que surgiram na última semana, a coitada ainda pegou a sobra da crítica feita por Agnaldo Timóteo sobre as poposudas do meu Brasil. Gente, ser chineleada por Agnaldo Timóteo!



Nem nisso a mina se destaca na multidão, porque, me digam, existe alguém nesse mundo que Agnaldo Timóteo ainda não chineleou? Existe alguém com quem ele ainda não se desentendeu? Existe algo, fora ele, que ele admire? Certo que não. Se vocês puxarem pela memória, vão lembrar daquela vez em que ele participou de uma das edições da saudosa Casa dos Artistas e tocou o terror em todo mundo. Tampinha e já um senhor de idade, Agnaldo conseguiu se tornar o mais temido numa casa repleta de bad boys e bitches. Tem que respeitar. Por isso mesmo que, no dia em Agnaldo Timóteo elogiar alguém, essa pessoa se tornará meu ídolo. Porém, Agnaldo não gosta da Melancia e nem das melancietes. Indignado, ele falava numa entrevista gravada: "Isso não é nada! Elas aparecem e desaparecem no mesmo dia. Isso não existe. O que existe é Roberto Carlos, Agnaldo Timóteo...". Não é impressionante a modéstia? Mas ok, de agora em diante os admiro.

Retomemos, então, a questão da polêmica. O caso é que o carro-chefe do álbum de estréia de Carol Miranda, Baba Cachorrão, é também o nome de uma música que está para ser gravada pela Melancia - que agora canta, pelo jeito, e eu nunca mais assisto TV aberta. Climão, hein? Mesmo nome de música. Seria uma tremenda coincidência? Seria sacanagem da Melancia? Ou seria simplesmente a prova de que as moças estão inseridas num meio onde todo mundo faz e fala a mesmas tosquices o tempo todo e sem censura? Vamos combinar, né? Baba Cachorrão deve ser o título de 9 entre dez funks, poemas, cartas de amor e serenatas feitas pelo público e amigos de Carol e Melancia, com todo o respeito. Então se continuarem nessa briga pra ver quem é a genial criadora de tal canção, em uma semana aparece mais meia dúzia de maluco pra reclamar a autoria.

Num raro momento de lucidez, Carol largou a morta: a versão dela de Baba Cachorrão foi escrita há sete anos pela sua priminha, Thammy. Thammy, essa aqui:




Olha, não quero dizer nada, só é bom lembrar que Melancia é grande (muito grande) mas não é duas. Thammy, sim, aprendeu com seus ancestrais e não leva desaforo pra casa. Aliás, fantástica briga, hein? Não dá nem pra chamar de cat fight. Tanto porque uma não parece cat, quanto porque a outra não parece um cat só, mas uma gangue de felinos amontoados. Aguardemos.

Mesmo com a altíssima dose de vergonha alheia que permeava o programa, ainda tinha mais por vir. O mano cheio das correntes que acompanhava Carol resolveu lançar a sua nova música de trabalho, composta por ele mesmo, cantada por ele mesmo e rebolada por sua parceira de trabalho. A canção se chama Selinho.

- Selinho? Que curioso!

Sim, aí ele explicou que a Carol é virgem, né? Então ele fez uma música dizendo que queria tirar o selinho dela. Aaaahhh, todo o sentido. Luciana olha pra Carol: "você é virgem?". A menina, que mal tinha superado o constrangimento de ter sua dança do créu avaliada pela platéia, respondeu: "sou, né...". Então toca o Selinho! E lá foi a pobre moça rebolar enquanto seu amigo gritava que não queria só beijinho, queria tirar o seu selinho.

Carol, amiga, te desejo toda a sorte do mundo nessa vida. Juro.

7 comentários:

Luiz Carlos disse...

Hahauhauahuha

Saudades disso aqui, jujuba.

ps: só faltou a foto da tal sobrinha da gretchen

ps2: Sei que a identidade visual é departamento da octi, mas recomendo trocar a foto da Thammy por essa aqui - http://www.garotasbrasileras.com.ar/images/thammy%20gretchen4.jpg

brincs, ju! =D

Gabi Voskelis disse...

cara, esse posto me fez passar vergonha no terra! não deu pra rir por dentro, as gargalhadas escaparam!!!

hahahahahahaha

ps: já vi a thammy pessoalmente e ela nem parece tão assustadora.

Anônimo disse...

ps: luciana gimenez tem/comanda esse programa por ser "casada" com o DONO da redetv!

(que bom que acabou tua monografia...)

Julia Dantas disse...

pô, juliana, aprende com a esperteza da luciana. ao invés de ser uma idiota televisionada, fica rica dando pra rock stars. se, além do mick, tu pegar mais meia dúzia de frontmen tá feita na vida.

Anônimo disse...

do rock, só se for internacional
por que, no brasiu-siu-siu, o que dá dinheiro (no momento) é o funk

ju estaria disposta a tanto?

Luiz Carlos disse...

Bem lembrado Rodrigo.

Em tempo, ouvi dizer que o MC Créu anda a procura de novas moças talentosas...
Não te habilita, ju?

=X

(pedindo pra morrer)

administrador disse...

luiz carlos já foi devidamente assassinado e esquartejado. se ele voltar a se manifestar aqui, provavelmente será por meio de alguém que irá psicografar suas mensagens do além. aproveito pra ameaçar previamente, portanto, todos os médiuns disponíveis.