terça-feira, 8 de julho de 2008

não foi dessa vez

E eu que ontem cheguei pronta pra abalar e conferir os resultados da minha abstinência cigarrística nas piscinas e fui frustradíssima por questões de vestuário? Acontece que minha indumentária usual estava sem condições no dia de ontem, devido a um pequeno acidente provocado pelo meu honorável gato, e eu apelei pro meu antigo traje de banho (heh, adoro essa expressão) para a aula, visto que não queria CABULAR de jeito nenhum. Cheguei psicótica na aula e a profe deve ter sentido a vibe, tanto que me colocou na raia mais rápida, que só tinha homem (atentem para esse detalhe, será importante no futuro), e eu fui, bem louca. Em geral eu tento me escapulir dessa porque, né?, eu não sou exatamente um Ian Thorpe e meus pulmões não são exatamente...ahn... saudáveis. Mas eu tava me achando e fui, decidida a ficar roxa, sem ar, à beira da morte, mas bater meu modesto recorde de metros/aula.

Parou por aí a empolgação. DUAS braçadas e eu fiquei praticamente nua porque o elástico do meu maiô, melhor dizendo, a ELASTICIDADE do meu maiô simplesmente desmaterializou-se de imediato e eu parei no meio da piscina segurando o que dava pra segurar e, por orgulho, decidi seguir pra frente e não voltar derrotada para meu ponto de origem. Aí uma colega da raia vizinha me ajudou a dar um nó gigante nas alças que, ok, ficaram no lugar. Mas aí puxando em cima a parte debaixo vem junto, né? E meu recatado traje ficou mó cavadão, quase pornográfico. Mas decidi continuar, parando em cada ponta pra desatolar o bendito (com o perdão da expressão chula, mas era isso mesmo) e não perdoando a administração do clube, que provavelmente tinha limpado a piscina, depois de cinco anos, ontem. Porque, meu, como tava límpida aquela água. E o bafão que geralmente me faz sentir atravessando as Brumas de Avalon de um lado pro outro em plena piscina aquecida do século XXI (adoro mesclar épocas imaginariamente) tinha desaparecido por completo, então ninguém embaçou os óculos e estávamos com visibilidade todos por cento. Determinei pra profe que não nadaria peito de jeeeeito nenhum e, mais pro fim da aula, apelei e declarei que nadaria apenas costas até o final do período, por uma questão de lógica e honra. Acho até que o lance nem tava tãaao cavado assim, mas na minha cabeça eu tava imaginando a vibe maiô do Borat já, sabe? E, na real, (quero muito acreditar que) ninguém nem olhou pra minha retaguarda nas 150 vezes em que eu puxei a barra do maiô para cobrir melhor a região, dando pulinhos às vezes e amaldiçoando a Nike.

A professora explicou cientificamente tal fenômeno de desaparecimento das moléculas de elasticidade supostamente eterna do meu traje que, até a última vez que usei, estavam lá e atuantes. Aí eu comentei a frustração da minha psicose do dia e que tinha até parado de fumar. Ela, que nem sonhava (eu me entrego das formas mais retardadas), apesar da decepção, disse que eu estava muy bien pra quem estava nessas condições. Nesse momento duas interpretações passaram pela minha cabeça:

a) bitch competitiva adormecida: posso ser muuuuuito melhor então, aguarde.
b) eu, em geral: opa! Tá liberado, então?
Como eu estou nessa onda positiva de dizer sim à vida, dizer sim ao amor, dizer não às drogas, dizer não à dor (caraaaca! Isso veio direto dos anos 90 pra minha mente! Que medo, de onde era mesmo?), resolvi ir de A, de Agora vai!, e vou manter a força de vontade na velocidade 5 do créu até a segunda ordem.

Um comentário:

Luiz Carlos disse...

Que sexy jujuba! Ninguém filma essas aulas não?

ps: total apoio à onda positiva