sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

adornos

O rweeeow de xaneiro continua rendendo histórias. Hoje comentando sobre o causo (verídico, repito) do tiozinho mais sádico do que eu que se divertiu hórrores revelando ao amigo sua cornitude, Fefs me lembrou de um caso igualmente cheio de mentiras e traições que se passou por aquelas bandas. E pra quem acha que estou falando da novela das oito, engana-se de forma circular. Vamos aos fatos:

Estávamos Fefs, Sócia, eu e um motorista particular que arranjamos na cidade maravilhosa voltando do super nas últimas horas de 2007 quando veio se aproximando do veículo o famigerado flanelinha. Só que pra mostrar que 2008 será um ano full of surprises, para nosso espanto o rapaz não vinha berrando “bem cuidado”, nem “moedinha, aí, tio” ou mesmo “fé em deus” dando tiros pro alto. No momento em que aguardávamos o flanela se aproximar sem pressa alguma e muito compenetrado, pudemos escutar um de seus comparsas falando:

- Relaxa, merrrmão! Chifre é assim merrmo...todo mundo leva!

Imediatamente viramos em direção a esse poço de sabedoria e percebemos que ele estava consolando um terceiro elemento da gangue que estava sentado num desses cocurutos no meio da rua, completamente desolado e cabisbaixo.

Que cena poética! Sério, achei muito bacana dois amigos tendo um papo profundo desses em pleno expediente, sem se preocupar com as amarras do capitalismo. Por isso mesmo, resolvemos aguardar pacientes para contribuir com o salário do rapaz, que continuava inconsolável a se lamentar.

Mal contivemos as lágrimas de comoção. Pobre homem! Em plena noite de reveião ia ter que amargar uma dor de corno daquelas e ainda afogar as mágoas numa garrafa de sidra quente. Pelo menos ele ia perpetuar a tradição de entrar o ano com uma coisa nova na indumentária, né? Nesse caso, chifres.

Durante esse pequeno instante que pra nós foi eterno, tamanha sensibilidade do momento, o primeiro flanelinha finalmente chegou à porta do carro, mas ainda colocando o sentimento do amigo acima das moedinhas de um reau. Muito justo. Virou pra trás e falou, solene:

- Mulher é assim mesmo: quando quer enganar, engana! Não adianta! Tem que aceitar, merrmão.

Então dirigiu-se a nós procurando adesão. Concordamos.

2 comentários:

luís felipe disse...

Pelo menos ele ia perpetuar a tradição de entrar o ano com uma coisa nova na indumentária, né? Nesse caso, chifres.

HAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHHAHAHAHAH

cecilia disse...

tb gargalhei nesta parte.

isso quando li o post, diiiiias atrás.