terça-feira, 15 de janeiro de 2008

As alegrias que a cimentolândia me dá... – parte 2

Tava ali na frente, onde tudo acontece, quando veio se aproximando um senhor de meia-idade vestido no maior Serginho Mallandro style, falando pacificamente ao telefone. Não dava pra ouvir muita coisa, mas parecia um papinho bem ameno. Aí quando ele passa por mim, escuto:


- ... e outra: sabe quem ta pegando a tua namorada?

Assim! Na mó tranqüilidade, sem emoção alguma, como se comentasse um fato mundano. Bem, isso me faz pensar que as guampas do receptor da mensagem são costumeiras, afinal, mesmo depois da bomba (?) o papinho continuou totalmente light. Ta certo que eu não ouvi o resto porque o cara foi se afastando. E também porque não segurei a gargalhada e me desconcentrei - avisei que eu era sádica. Enfim, recuperada da convulsão, pude perceber que o cara tava explicando quem era o Big Richard e porque ele tinha certeza do adultério, mas ainda sorrindo e muito na paz e no arco-íris de energia, sem nem sinal de ranger de dentes (valeu, Cecília) do outro lado da linha. Aí lá vinha ele, de novo em minha direção (o certo seria sentido, né? respondam, os que freqüentavam as aulas de física) e eu pude ouvir ele aconselhando Mr. Galhos, todo orgulhoso:

- É... tem que ser observador!

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