sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Última vez, prometo.

Dando continuidade à palhaçada que tomou conta dessa birosca - começou com o Bozo, passou pelo Nemo e chegou ao Ronald McDonald indo em cana -, finalmente tomei coragem de encarar outro triste fato bufônico da minha infância. Estava há dias com a estranha lembrança de palhaços bisonhos cantando uma música de conteúdo altamente bagaceiro, tipo, no programa do Bolinha, ou o que o valha.

Sabendo um trecho da letra (mais tarde, descobriria que essa era toda a poesia), taquei no google.

Não me surpreendeu o fato de que Sergio Mallandro tenha sido o primeiro apontado como autor dessa pérola musical. É, não era bem desse palhaço que eu lembrava. Mas depois fiz um sacrifício memorial e tive que concordar que já vi Serginho cantando essa música também.

- Mas que música, porra!?

Uepa! Tá, vai a letra aí pra refrescar (heh) a memória do pessoal:

Seu popô no meu pipi
Seu pipi no meu popô
Meu pipi no seu popô
Meu popô no seu pipi
Seu pipi no meu popô
Seu popô no meu pipi
Meu popô no seu pipi
Meu pipi no seu popô
Pipi popô, popô pipi, pipi popô popô pipi popô pipi pipi popô

Aiiiiii!
Seu popô no meu pipi
Seu pipi no meu popô
Meu pipi no seu popô
Meu popô no seu pipi
Seu pipi no meu popô
Seu popô no meu pipi
Meu popô no seu pipi
Meu pipi no seu popô
Pipi popô, popô pipi, pipi popô popô pipi popô pipi pipi popô
Ai, ai, ai
É aí?
Popô pipi, pipi popô, popô pipi pipi popô pipi popô popô pipi


Nossa! Essa canção deve durar uns sete minutos (hehehe), mas cansa, né? Pensei em cortar, mas não queria estragar o clímax.

Aí eu continuei nessa seríssima pesquisa e um pessoal aparentemente confiável* disse que a letra, na verdade, é dos Titãs Branco Mello e Charles Gavin, sob pseudônimo Vestidos de Espaço. Perdeu metade da graça, né? Só fiquei satisfeita por poder rir de nome tão tosco. Porque, vamos combinar, por mais que eu tivesse cinco anos e estivesse achando a música totalmente serelepe, olhar pra esses dois aqui me faria cair no sono imediatamente:




Patropi?


Ainda insatisfeita, continuei buscando e a implacável desciclopedia acabou por me contar que quem barbarizava nas tardes da Band, na real, era a dupla Atchim e Espirro.
Aí baixou o Jimmy Cliff (I can see clearly now...): eram eles mesmo! Lembrava de um monstrinho azul e outro amarelo.

Aí descobri a natureza do trauma, né? Porque uma coisa é ver Heath Ledger e Jake Gyllenhaal brincando de pipipopo popopipi vestidos de caubói. Outra coisa é ver esses dois idiotas vestidos de palhaço cantando com as boletes! Com as BOLETES!




Gavin? Mello? São vocês?


Na boua, não sei o que é pior: Titãs ou o pessoal da gripe aí em cima. Proponho a Ang Lee que me ajude a superar esse trauma.




regravem, rapazes!



Porque o problema não é o encaixe proposto na canção, de forma alguma, mas sim a breguice e a chinelagem no modo como a coisa era apresentada. Nenhuma criança merece isso, não mesmo.


* qualquer um parece ser mais confiável que o Terra, que quase estragou minha vida.
P.S.: só achei aquela imagem da dupla de clowns, mas não me satisfiz. No dia em que me derem um computador que RODA youtube eu vou procurar um vídeo melhor. Tenho a impressão que era uma versão mais muderrrna de palhaços azul e amarelo que cantavam. Enfim. O pavor é semelhante.

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