E falta pouquíssimo pra eu ter minha primeira experiência aérea real e efetiva. Sim, porque de histórias de aeroplanos sei muito. Todas baseadas em ficção ou na vida de subcelebrities que são barradas em aeroportos ianques carregando frascos de conteúdo suspeito.
Por causa desse background, questionei angustiada minha sócia se, por acaso, os homens maus da fronteira viriam a me mandar esvaziar meus ricos frascos de perfume ou shampoo, ou ainda minha garrafinha de gatorade (heh). Ou ainda desconfiem que eu esteja planejando um ataque terrorista com minha pinça ou que eu carregue, ahn, farinha (?) escondida nos OBs. Ok, não creio que eu vá levar uma pinça, mas poderia. Imagino eu, porém, que nossos aeroportos não tenham tantas restrições quanto os dos esteites, mas vai saber, né? Acho que nunca arrumei uma mala na vida (falo no sentido denotativo), então vou precisar da ajuda dos mochileiros universitários pra não cometer erros.
Mas não tenho dúvidas de que será um passeio deveras divertido. Prevejo uma vibe Lost. Quiçá uma queda na Ilha do Governador, onde não há fumaça preta ou urso polar, mas há escola de samba de segunda divisão e deve ser um lugar dominado pelo tráfico (fonte: desciclopédia). Importante: lembro de torcer com ardor pra União da Ilha (do Governador)* em algum carnaval da minha infância, quando não existia NET. Eles tinham uma ala fantástica, a dos Loucos Varridos, que era composta por garis malucos e sambando hórrores super piradões. Cativaram pacas. Mas só a mim, porque eles devem ter sido rebaixados mais ou menos nessa época. Voltando à vibe: um de nossos tripulantes está temporariamente, ahn...incapacitado? Hmm, bem, impossibilitado de caminhar sem a ajuda de muletas. Portanto ele, que é careca – ca-re-ca – e costuma sair bradando por aí, desde que adquiriu essa nova condição, coisas como “não me diga o que eu não posso fazer!”, muito provavelmente tenha que se dirigir ao aeroplano de cadeira de rodas. Acho quase profético. Claro, espero que o portador de necessidades especiais sente próximo a mim, para que eu possa segurar sua mão. Afinal, a outra membra da equipe estará algemada. Mais pela referência do que por algum motivo real e sensato.
Tentei, mas não consigo mentir. O “muito provavelmente” relativo à cadeira de rodas é delírio meu.
Ok, a parte das algemas também. Pronto, falei.
* homenagem ao texto de Vera Fischer, que em breve terá uma toga e um sabre de luz na cadimia brasileira de letras.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
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