Estava eu esperando o ônibus ontem quando percebi na parada uma pirralha que me cativou horrores. Cara, a criança era uma euzinha!
A menina tinha uns cinco anos e era muito sagaz e eloqüente, embora gostasse de frisar bastante algumas idéias, como veremos a seguir. Mas, sério, ela era praticamente a tradutora dos meus pensamentos. Dizia em voz alta tudo que eu só não estava manifestando por ser gente grande ou por estar sóbria.
O ônibus tava demorando horrores e toda vez que passava um Viamão (e não paraaaaava de passar Viamão) ela começava:
- Mas aqui só passa Viamão! Essa deve ser a parada só pra Viamão! Acho que eu nem to em Porto Alegre, to em Viamão!
Que querida! Rabugenta, chata e irritante que nem eu!
E olha só que orgulho, sempre que passava um ônibus que não era o nosso ela soltava:
- Que saco! Ai, que saco! Que sacooooooowww!!!
Aí ela parou em uma pose EXATAMENTE como eu costumo fazer. Estilo barraqueira, assim, ta ligado? Volta e meia (entre 25 e 30 vezes ao dia, mas é involuntário) alguém me pega na tampinha com a maior cara de mau humor e com a mão esquerda na cintura, batendo o pé, louca pra trucidar alguém. Ai, gente, se eu não estivesse rindo muito, acho que estaria chorando de emoção. Aí a pequena ranzinza deu a dica de que com aquela demora o ônibus viria lotaaaaaado-que-saaaaaacooo!
Dito e feito.
Agora, vai dizer: alguém duvida que meus filhotes vão ser todos assim insuportaveizinhos como mini me e eu?
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
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