terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Só porque é terça


No momento em que eu parei de ganhar presentes, o Natal perdeu todo o sentido pra mim. Opa! Quase todo. Não posso esquecer que se trata de um feriado. E de feriados nós gostamos muito, né pessoal? Bom, ainda assim, dessa vez não vou destilar todo o meu ódio com relação a essa festividade. Nem mesmo com relação às coisas adjacentes que me irritam em dobro (amigo secreto, fruta na comida, especial do Roberto Carlos, decoração tenebrosa, pessoas histéricas pelas ruas e a missa do galo, por exemplo).


Como acontece em toda a terça-feira, meu dia começou torto (nota: preciso divulgar meu manual com urgência). Mas nada foi pior do que a minha chegada apoteótica e atrasada no serviço. Cara, eu trabalho num bloco de concreto. Nas salas onde tem janela, colocaram placas concreto na frente, pra tapar o sol. Acho que na época em que construíram essa boniteza, ainda não podiam prever a invenção da cortina, do raquitismo ou mesmo do mofo (NOT!). Enfim, tem um corredor grande bem no meio do primeiro pavimento. É tão grande que chamam de avenida. Juro! O corredor se chama Avenida (CENSURADO). Megalomanias à parte, rola uma baita parede de vidro em um dos lados da avenida, que dá prum jardim de inverno até bem razoável. Confesso que nunca fiquei lá curtindo o astral do jardim e tal. Até porque não posso ficar voando as tranças por aí na maior. Aliás, se eu pudesse dar bandinhas ou tomar um chimas na florestinha, obviamente isso aqui não existiria. Mas então, gosto muito de saber que há plantinhas e sol e ar e vida logo ali do lado. E sempre que passo pelo corredor, vou numa vibe Martinho da Vila pra aproveitar ao máximo o solzito que entra pelos vitrais.


Muito bem, olha o que o Natal faz com a vida da gente. Quando entrei na cimentolândia hoje cedo mal sabia pra onde olhar primeiro. Fiquei petrificada de pavor quando percebi que as janelas que dão para o jardim estavam todas cobertas por rolos e mais rolos de papel-crepom-bagaceiro-vermelho-e-verde!!! Whyyyyyyy??? Ta, imagino que infelizmente não seja papel crepom mesmo. Porque se fosse, na primeira brincadeirinha marota de São Pedro eles iam pro saco, né? Mas parece crepom e isso já é feio e chinelo o suficiente. Agora me diz: pra que isso? Pra entrar no espírito natalino? Arram! A fantástica idéia é essa. Sabe por que? Porque não é só isso! Havia mesas compridíssimas de sarrafos, taquaras, sei lá o que, sendo montadas bem no meio da avenida. Adivinha? Vai rolar uma feirinha de Natal bem no meu caminho em direção a absolutamente qualquer lugar que eu possa ir em horário de expediente!



...



Tenho CERTEZA de que no Butão não tem dessas coisas, certeza.





Não fotografei o terror que escondeu o meu jardim, mas só pra fazer todo mundo passar mal inteiramente grátis, pedi pro google algumas decorações de natal bem bonitonas pra vocês. ;)




















3 comentários:

Julia Dantas disse...

eu gosto dessa celebração mundial do kitsh. sem falar que adoro salada de batata com maçã. detesto nozes, é bem verdade, mas aguentaria todos os papais noéis do mundo pelas castanhas de caju.

Julia Dantas disse...

lembrei de ti
http://www.uglychristmaslights.com/

administrador disse...

por isso que tu é minha sócia,sócia! tu vê, eu detesto muito a frustração de morder uma maçã jurando que é uma batata. por outro lado, amo nozes (porque somos as áreveres). poderíamos passar um belo natal empresarial. só que teríamos que dividir as castanhas, além dos lucros e das ações.